A camuflagem do racismo: Reflexões a partir do conto ”Sábado”, de Marçal Aquino

O racismo de hoje em dia não e tão diferente de antigamente, o que demonstra que nossa sociedade está fundada em origens preconceituosas.

Um exemplo de superação foi Martin Luther king, um pastor e líder negro, que lutava pelos direitos á igualdade civil entre negros e brancos nos Estados Unidos. A sua tão famosa frase I HAVE A DREAM (”Eu tenho um sonho”) se viu quando, em 1964, foi aprovada a Lei dos Direitos Civis, que tornou ilegal na descriminalização racial em instalações públicas.

Outro exemplo que podemos citar é Zumbi dos Palmares, que deu sua vida na luta pela libertação dos escravos no Brasil, tornando-se um símbolo da consciência negra no país.

Muitos insistem em falar que não há mais preconceito racial, que isso realmente foi abolido, mesmo sendo considerado crime pela Constituição Brasileira?

Atualmente, lemos nos jornais e assistimos na televisão casos que comprovam que ainda existe preconceito racial em nossa país. Desse modo, a literatura brasileira contemporânea vai nos mostrar estas situações de racismo em nossos tempos

O conto ”Sábado”, de Marçal Aquino, retrata a história de Flávia e Frederico, que sofreram com o preconceito camuflado do pai da moça, revelado só no final do conto, que é a surpresa que o conto traz para o leitor ”Bom, para falara verdade, a mãe disse, o Fred nem é negro. É mulato. E você acha que isso faz alguma diferença para as pessoas? ”.

Podemos analisar com a frase da mãe que ela estava tentando amenizar o fato dele não ser branco, dizendo ao marido que ele é mulato e, assim, está mais próximo de ser branco do que se ele fosse mesmo negro.

Essa mesma situação pode ser vista na música do grupo Exaltasamba “Duas vidas num só ideal”, em que um pai fica cismado com o fato de sua filha namorar um rapaz negro, que se marginaliza com o preconceito do pai da moça, acreditando nas palavras do sogro, que o leva a pensar que o preconceito é natural, quando, na verdade, é uma questão social.

Barbara Rafaela
Enviado por Barbara Rafaela em 25/07/2015
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