Ler e passar adiante, uma espécie de desapego
Conheci Gregor Samsa na estação do metrô de Brasília, estava lá A Metamorfose de Franz Kafka e outros tantos exemplares de uma literatura para curiosos, que precisavam apenas retirar, folhear, ler e devolver o livro para não fechar o ciclo de descobertas, conhecimento e transformações.
Pouco antes de vivenciar tal aventura, já havia aprendido algo com o escritor Valdeck Almeida de Jesus, a quem admiro pelo alcance da sua falta de pretensão, embora repleta de atitude e devoção por uma causa, esta sim, carregada de pretensões: No primeiro dia de exposição na Bienal do Livro da Bahia daquele ano , quando os microfones começam agradecer a visita de todos e convidar para os dias que seguiriam, o movimento era de pessoas cobrindo e lacrando seus espaços, ao passo que nosso amigo escritor apenas deu as costas aos objetos de desejo daqueles que visitam feiras de livro e nos ofereceu carona para casa, quando indagado a respeito do material que iria pernoitar sem proteção aprendi para não mais esquecer que tudo o que continha naquele estande, só teria valor se efetivamente fosse levado por quem se interessasse por descobrir seu conteúdo.
– “ São livros, se levarem será ótimo, pois muitos irão ler.”
Em frente a estante de casa, praticando o desapego, histórias que emocionam, lembranças de lugares que conheci por descrição, deixei A amiga genial (Elena Ferrante) seguir para Manaus, de mãos dadas a Homens, mulheres & filhos (Chad Kultgen), As mil e uma noites vão aqui pertinho, no quinto andar, Dona Teresa tem uma bisneta que vai gostar do presente, a única recomendação é que passem adiante o livro lido, fortalecendo a corrente da leitura que não deve cessar...
Uma pausa para registrar as memórias e já sigo para o garimpo de outros títulos, suas histórias inusitadas e certamente identificar o próximo endereço que deverão pousar, antes de seguir adiante.
Conheci Gregor Samsa na estação do metrô de Brasília, estava lá A Metamorfose de Franz Kafka e outros tantos exemplares de uma literatura para curiosos, que precisavam apenas retirar, folhear, ler e devolver o livro para não fechar o ciclo de descobertas, conhecimento e transformações.
Pouco antes de vivenciar tal aventura, já havia aprendido algo com o escritor Valdeck Almeida de Jesus, a quem admiro pelo alcance da sua falta de pretensão, embora repleta de atitude e devoção por uma causa, esta sim, carregada de pretensões: No primeiro dia de exposição na Bienal do Livro da Bahia daquele ano , quando os microfones começam agradecer a visita de todos e convidar para os dias que seguiriam, o movimento era de pessoas cobrindo e lacrando seus espaços, ao passo que nosso amigo escritor apenas deu as costas aos objetos de desejo daqueles que visitam feiras de livro e nos ofereceu carona para casa, quando indagado a respeito do material que iria pernoitar sem proteção aprendi para não mais esquecer que tudo o que continha naquele estande, só teria valor se efetivamente fosse levado por quem se interessasse por descobrir seu conteúdo.
– “ São livros, se levarem será ótimo, pois muitos irão ler.”
Em frente a estante de casa, praticando o desapego, histórias que emocionam, lembranças de lugares que conheci por descrição, deixei A amiga genial (Elena Ferrante) seguir para Manaus, de mãos dadas a Homens, mulheres & filhos (Chad Kultgen), As mil e uma noites vão aqui pertinho, no quinto andar, Dona Teresa tem uma bisneta que vai gostar do presente, a única recomendação é que passem adiante o livro lido, fortalecendo a corrente da leitura que não deve cessar...
Uma pausa para registrar as memórias e já sigo para o garimpo de outros títulos, suas histórias inusitadas e certamente identificar o próximo endereço que deverão pousar, antes de seguir adiante.