ENTRE CORRER E CARECER DE CORAGEM
Hoje pela manhã lembrei de amigos atletas quis bancar a desportista e caminhar, coloquei o "carão" na porta e não tive a coragem como companhia, apenas o gélido e sórdido assovio do vento por entre cada inspiração, cortando meu corpo ainda quente de cama. Corajosamente voltei para o teclado para "aquecer" os dedos e as ideias...
Ré confessa, e preguiçosa assumida, afirmo-me necessária frase:.. "amanhã será um novo dia" .
Fixei a palma no vaso sem que houvesse água alguma, ressequida e com tal espanto, equiparado tão somente pela inequívoca e aparente inércia temporal diante da finitude.
Nesse fluxo, percebo o conhecido e envelhecido reflexo que jamais será novamente o que jamais fora um dia, pois deixou de sonhar como outrora; num refluxo de sobrevida dialoguei com os olhares que sabiam de minha condição, pois eram também as suas, nada obtive com retorno, apenas o lacrimal líquido que nem mesmo serve para a terra do vaso sorver.
Complexo movimento se fez atando sua vinda do plexo que pulsava retornos, mas não houve eco e nem nexo, apenas alma sem sexos deleitando-se do nada por se fazer...
Olhos fixos, faço da tecla, o que a pena há eras fez por mãos comandadas pelo sentir e pensar letras.