MORTE

E eis que ela se apresenta para nós novamente... e novamente... e novamente, sangrando, contundindo, arrebentando nossas estruturas.

E eis que ela cumpre a sua sina, interrompendo a seara nossa de cada dia.

Não há remorsos no dicionário dela.

Não há sossego no caminho dela.

Não há arrependimento no caminho dela.

Sempre vem, como procela, destelhando casas, revirando cascos, quebrando a continuidade dos sonhos e das conquistas.

Simplesmente vem e nos pega atônitos e questionadores.

Por que?

Até hoje não entendo o sentido da morte!

Prefiro pensar que ela tem inveja do amor dos homens querendo contrastar com a solidão que permeia seu caminho obscuro. E que essa inveja vai arrancando de nós as pessoas queridas para que nos sintamos solitários como ela.

O interessante é que ela, apesar de ser cotidiana e certa, sempre nos traz aprendizados inéditos e raros, pois somente quem tem a sensação dela rondando, arrodeando, cerceando, consegue ter noção do quanto somos fortes para aguentarmos os revezes impostos por ela.

Apesar da dor, somos capazes de alimentar sonhos, esperanças, vicissitudes e podemos continuar na labuta do enfrentamento.

Ah, dona morte, você até pode TENTAR interromper nossos caminhos, danificar nossos sonhos, obscurecer nossa jornada, mas jamais, JAMAIS, irá destruir o amor de nós por nós e de nós por DEUS.

Tenho pena de sua solidão!!!

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 13/05/2015
Código do texto: T5240125
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.