Violência no Brasil, um outro olhar
A violência, no Brasil, origina-se desde que os colonizadores chegaram, no século XVI, impondo a sua cultura, prática comum ao imperialismo das potências européias.
Porém, foi com os negros, a maior violência. A princípio, com a colonização da África, a fim de explorar seus recursos naturais. No poema "Navio Negreiro" de Castro Alves, retrata-se os abusos cometidos, na vinda dos africanos ao Brasil, para escravizá-los por séculos.
Em 1888, acabou a escravidão, mas a escravidão não. Na República Velha, cujo domínio politico era das oligarquias, havia predominância do voto de cabresto, no qual o coronel da região impunha ao seu empregado que votasse no seu candidato.
Em 1964, o país entrou numa era de exceção, na qual não havia garantias individuais, torturava-se com choques elétricos, socos, chutes, afogamentos, tais práticas são abordadas no filme "Batismo de Sangue". Todavia, a ditadura deixou "sequelas", como os autos de resistência das polícias Militares, o qual "permite" a morte daqueles que resistem à voz de prisão.
Contudo, a violência do Estado, não começou hoje. No início do século XX, Euclides da Cunha publicou "Os Sertões", no qual descreve a violência das tropas imperiais contra os sertanejos, na guerra de Canudos, no Nordeste.
"O homem criava e também destruía", o homem criou coisas incríveis, mas é capaz de cometer barbaridades. A violência, no Brasil, tem causas históricas, desde a chegada do colonizador até hoje. Mas há solução, melhoria na educação, distribuir a renda com maior equidade, pois a desigualdade gera violência, já que o Estado é ausente.