Dissertativo- REDAÇÃO.
Aos meus professores antigos.
Eu tive muitos professores e professoras que me “marcaram”, muito. Porque na minha época, ainda se batia muito na escola, puxava-se orelha, ajoelhava-se no milho, coisas assim... Naquela época, era pedagogia moderna.
Eu acho que a coisa mais útil que eu aprendi na escola foi a ler e escrever, que é à base de tudo. E a fazer contas, as quatro contas aritméticas. Na minha época, não era matemática, era aritmética. Exemplos: Dados os números: 1200, 1400, 1000 e 1600, para apurarmos o valor médio aritmético deste conjunto, simplesmente o totalizava e dividia o total obtido pela quantidade de valores do conjunto:.
- Mais ou menos isso.
Eu estava tentando me lembrar da professora que me ensinou a ler e a escrever... Na verdade quando eu entrei na escola, eu não sabia ler e escrever.
Um professor que me marcou muito foi; no Segundo Grau. Um professor de FISICA, pois houve também uma história de amor... Que conseguia incutir os alunos um grande prazer não só pela leitura, mas em admirar a qualidade da prosa e da sua atitude para comigo. Seu carinho, Através dele. Eu descobri aquele que é, para mim, o maior autor da FISICA- matéria que eu detestava, mas quando ele apareceu comecei a gostar da matéria.
Bom: Eu fico emocionada de lembrar-se dele. Ele era uma pessoa de muito bom humor, sarcástico, mas sem machucar ninguém. Contava muitas piadas e foi uma das primeiras pessoas que comecei apreciar as babaquices que ele falava. Comecei ver ali, algum rasgo desembaraçado de inteligência. Então, ele tinha uma coisa diferente dentro de si, culpado por eu ter virado o que eu sou hoje. Seu Nome e: Antônio Carlos. Outra pessoa que não poderia esquecer a diretora. Como me lembro. A dona “Ofélia”, tão ruim e malvada.
Então! Vocês estudem, parem de matar aula, deixem de ser vagabundos e procurem dar valor aos bons professores que vocês têm. Os professores ruins têm que obedecer; pois o medo deles nos apavorava. Eu tinha uma professora de sociologia e, na aula dela, a gente fazia uma bagunça danada. Coitada, a gente fazia bagunça o tempo todo. Um dia ela estava escrevendo no quadro-negro e a gente começou a jogar giz e papel nela. Ela virou para a gente chorando: Hei; parem de jogar papel em mim, parem de jogar coisas em mim. Eu não estou aqui porque eu quero. Eu estou aqui porque eu preciso. Eu preciso desse dinheiro, eu dou aula porque eu preciso desse dinheiro. E virou para o quadro e continuou escrevendo. Então, a
gente começou a tacar moedinhas deum centavo para melhorar a renda dela. Ela desistiu da nossa turma. Foi uma professora inesquecível.
Comecei a fazer uma viagem no tempo. Revivi momentos agradáveis e outros que; na verdade gostaria de esquecer...
Quando os professores tornam-se inesquecíveis nem sempre são pelas suas características positivas, mas também porque foram professores “carrascos”, sem ética.
Tive infelizmente, esses dois tipos de professores inesquecíveis.
Entrei na escola aos sete anos. Matriculei-me 1º ano do antigo curso primário, de uma escola da cidade de Araçuaí- MG, Grupo Escolar Manuel Fulgêncio.
Minha primeira professora, a qual deveria guardar boas lembranças, foi à professora inesquecível que não desejo a ninguém. Chamava-se Laura e como era baixinha assim como eu; era conhecida por Luciana.
Lembro-me, que eu tinha uma vontade enorme de aprender a ler e escrever, porém sentia muita dificuldade. Eu era imatura e precisava de Dona Luciana ao meu lado ajudando-me, nas tarefas. Nada disso ocorreu. Dona Luciana tinha paciência com os alunos que logo aprendiam e estes eram elogiados e colocados como modelo perante a classe. Os “outros” ( Eu não estava incluídos nesta categoria). Tinham que seguir o exemplo dos bons alunos. Dificil!
Depois de um longo tempo fui alfabetizada com ótimos boletins, que para mim de suave não teve nada. Em um determinado momento comecei a confundir as letras, principalmente M e N SS, SÇ, Z, CH,X, ou palavras como exemplo:
Xicara escrevia chicara, Seção ou sessão escrevia sesção. Era muito confuso, pois tudo isso era pra mim uma eleição de letras.
Dona Ofélia a diretora, tão baixinha, e com uma voz alta e estridente berrava no meu ouvido batendo as mãos na minha carteira dizendo! “Você não vê que é m e não n, não vê?”. Sem contar que me colocava de castigo no sol quente, fazendo escrever mais de (10 ) vezes, a mesma lição. Era uma chata. Isso em Araçuaí.
Eu, morrendo de vergonha, ia me abaixando na carteira e chorava de medo daquele “monstro”. Claro que para mim a escola passou a ser sinônimo de pesadelo e, Laura bruxa sem tamanho. Odiei esse nome por muito tempo.
O tempo passou. Continuei no mesmo colégio e também não guardo boas lembranças das professoras da 2ª, 3ª, 4ª, 5ª serie primário.. Deparei-me, com professora Cida. Essa sim! Professora meiga, bonita, carinhosa e como explicava bem! Tão diferente das outras.
Claro que eu estava mais amadurecida e entendia melhor. Mas esta era paciente e tinha sempre uma história para contar. Nessa época passei a adorar a escola. Comecei a ver sentido em estudar. Nunca ouvi Cida gritar.
E Hoje com tudo que aprendi, descobri a lição e até rima de poesia eu já sei escrever...
Dizem que os melhores escritores estão na cidade de Araçuaí, não tenho certeza, mas acredito no que a gazeta da cidade diz.
Assim finda minha história quando ainda eu era criança de escola primária.