AQUILO QUE FALTA
Pensando sobre ebulição, saio pela tangente e sem pensar em argumentos ou desejos justificáveis, transito por entre o óbvio do repoetizar ideias e ideais.
Somo sim sombras diante das possibilidades das palavras, mas ela deixará de abarcar todo o sentido das coisas, pois nelas não cabe o inusitado e elas não se vestem de sutilidades suficientes para transparecer a dimensão das necessárias e deliciosas sensações de nossa vida.
O processo de ebulição, é talvez tentativa infame de nós mortais eclodirmos arte e permanecermos intactos: ledo engano mental quando enveredamos pelo pensar a arte. Nossa enfermidade maior reside na vã tentativa de deter o sublime no poder de nossas mãos, mentes e paixões...
... e seguimos em frente fragmentando o global e tirando partículas de todos e sentidos...
fragmentar o que?
fragmentar por que?
fragmentar para quê?
e o poeta segue liberto e liberando aquilo que não lhe pertence, pois nele reside o filtro vivencial que amplia ou cega seus olhos, mentes e textos...
Que bom nossa cegueira ser provida de lentes que nos torna sensíveis o suficiente para admitir o quanto aprendemos com o outro.