O USO DAS LINHAS NA VERTICAL E NO HORIZONTAL

Muitos almejam escalar muralha, buscando espiar o lado oposto até então desconhecido, primando conhecimentos e autoafirmação. Outros buscam escalar muralha por vaidade, brincando com os perigos que há na subida. Tanto uma opção como outra, reserva esforços. Na altitude, visualizar o que tão de perto acompanhamos no solo, é uma decisão que libera autoconfiança. Este esforço de se pendurar para estar acima em linha vertical e ter do alto a visão de um território mais abrangente, porém, distante ou simplesmente ser exposição de alvo contemplado pelo o que está no baixo, subestimando a liberdade que tem as pernas para correr a linha horizontal no alcance de distâncias planas, é um espetáculo de insinuações altivas. Esquecem os alpinistas que o marco vertical origina-se no solo abrindo graus com o horizontal conhecido como eixo. Apesar de o vertical indicar soberania, o horizontal também é soberano nas adequações de seus trechos. Ambos partem de um mesmo ponto em direções opostas. Esses rumos traduzem na vida ganhos, porque soberania é poder ser e não estar.

JairMartins

26/04/2014

01h55