O MUNDO IMORAL
O mundo imoral é mais ruim do que bom; é mais destrutivo do que construtivo; traz mais malefícios do que benefícios morais a si e ao próximo. Temos o hábito de copiar as más ações de outrem, em detrimento das boas ações que nos elevam perante nós e Deus. Nos comprazemos mais com os males do que com os bens morais; erramos e temos dificuldade de corrigir os próprios erros; ainda somos mais orgulhosos e egoístas, do que mais humildes e caridosos; achamos que ser feliz é obter ganhos materiais, quando a felicidade está associada sobretudo, a satisfação interior, movida pelas qualidades virtuosas adquiridas aos poucos pela consciência que evolui. Temos o péssimo costume de mais nos odiarmos do que mais nos amarmos; desfrutamos mais do prazer carnal instintivo do que da satisfação espiritual consciente. Enfim, diante de tanta inferioridade moral, tanto absorvida quanto semeada entre nós, não precisamos sermos resolutos nos afastando de pessoas negativas, que acumulam más energias, más ações e maus pensamentos, porquanto nós próprios, seres espirituais inferiores, ainda não temos condições morais de nos isentarmos, de sermos preconceituosos, de nos colocarmos acima do que consideramos ser pernicioso à nossa saúde física e espiritual. Entretanto, mesmo habitando num mundo até agora tão inferior, a boa vontade, o bom senso nos diz que, devemos nos reunir num empenho coletivo diário de auxílio fraterno, do servir espontâneo, do resgate das faltas cometidas, para que avancemos em nossas intenções de melhoria de nossa índole, com o fim salutar de vivenciarmos a próxima etapa experimental regenerativa, que fará de nós, seres melhores em virtudes, ou que elas sejam mais prevalecentes em nossa consciência moralmente regenerada. Porém, embora ajudar a quem está estagnado em sua inferioridade, contribua pra melhoria de ambos, existe nesse caso, a dualidade de vontade momentânea, entre quem quer evoluir e quem não quer. Como o alcance de bem-estar interior é pessoal, ficar atrelado por um tempo indefinido a alguém que se compraz em estagnar-se, em viver no mal-estar moral, é negar a si a edificação da caminhada evolutiva. Portanto, quem não o quer em dado momento, evolui mais tarde; e, quem o quer, evolui mais cedo.