Pererequices...
São das mais serelepes, acrobáticas e espalhafatosas, mas não consta que entre suas virtudes entre também a comestibilidade - por humanos, ao menos.
O ruído que provocam, no entanto, ao cair da noite, é irresistível. Chegam a ser confundidas com grilos, tal a estridência e o tamanho de seus saltos. Mas se confundem mais com a noite granadina, dado o seu pretume de fumaça de lamparina. Toxidade não sei se têm, ou se lhes convêm. O que suponho, e nem tudo que suponho supositório pode ser, é que são territoriais ao extremo, vivem nas moitas e se cantam com tal frenesi é porque estão com o saci. Querem e precisam se reproduzir antes que a natureza lhes dite a cruel determinação da hibernação. Pra se renascer somente na próxima chuvogozosa estação. Sem perdão.
Embora a oiça noiteafora, a olho nu, até agora, não vi mais do que três. Duas vivas, saltando desesperadamente na travessia de uma calçada a media luz iluminada, e uma, dessa faina cansada, abatida, desmilinguida e dum monte de formiguinhas já rodeada. Diminuta, e ao cabo da luta.