Escravidão na Modernidade

Escravidão na Modernidade

Com a escravidão clássica que perdurou durante séculos como principal forma de repressão social para com os vencidos nas guerras extinta no Brasil em 1888, tem-se a sensação de que somos um povo livre, democrático e igualitário. Na prática, isso não é tão simples. Guardadas as outras teorias que contradizem esse lema, a simples dependência da humanidade do fluxo contínuo de dinheiro, já gera uma escravidão, a escravidão na modernidade. Mas, por quê? Qual é a diferença entre as duas formas?

Porque completamente dependente do dinheiro, a humanidade se tornou mais consumista, mais trabalhadora, aproveita menos o tempo livre para se relacionar entre si, uma vez que completamente dependente do trabalho, para ter dinheiro, não existe outro aspecto mais importante. A grande diferença entre as duas é a questão de que o dinheiro passou apenas a ser um “intermediador” desse regime escravista, pois, o escravo continua sendo o homem, mesmo que assalariado. A tendência é que essa forma de escravidão se consolide cada vez mais, porque, mesmo se houver a substituição da mão de obra humana pelas máquinas, a manutenção das mesmas caberá ao homem, ou seja, ele continuará à mercê do trabalho. Assim, restará cada vez menos tempo livre à humanidade para cumprir outras tarefas e, no auge dessa exploração, o homem terá sido sucumbido pela exaustão serviçal.

Marcel Lopes Bacharel em História pela UTP (Universidade Tuiuti do Paraná)