MULHER: OBJETO DA VIOLÊNCIA MASCULINA
A violência masculina contra a mulher, no Brasil, é um problema cultural bastante complexo, que envolve vários aspectos. No entanto, trataremos, neste momento, especialmente de um deles: o físico, que coloca a mulher sempre numa posição muito delicada e desconfortável em relação ao referido agressor.
Isto se dá, primeiramente, porque o homem, de natureza física “mais forte”, é submetido, ainda no seio da família, a algum tipo de desajuste no que tange as primeiras noções de educação e princípios éticos, normalmente passados de pai para filho. O que, conseqüentemente, poderia ocasionar, sobretudo, durante uma vida conjugal, algum tipo de violência - particularmente sexual - sobre seu cônjuge.
Ainda, devido a uma certa noção de “machismo” que persiste em nossa sociedade, alguns homens vêem a violência como boa ferramenta para se resolver os problemas pessoais. Assim, diante de sua tão latente virilidade, os “machos” sentem-se quase sistematicamente obrigados a portar-se de forma mais arredia, até mesmo agressiva, principalmente, no que diz respeito ao desfecho das questões sexuais com suas parceiras.
Desta forma, a problemática da violência contra a mulher, particularmente a agressão física, em nosso país, é um fato sociológico que tem origem cultural - ainda dentro da instituição familiar – e precisa ser encarado com bastante seriedade, por todos nós. Isto, a fim de se buscar uma solução, no mínimo, satisfatória para esse imbróglio de alta complexidade.