E eu que me achava inteligente… antes da engenharia!!
"Sim, na época do ensino médio eu manjava muito dos “paranauê”, de matemática, e esse foi um dos maiores motivos decisivos para eu me inscrever nos vestibulares pra engenharia (após quase me matricular em administração de empresas). Achei que fosse chegar na faculdade quebrando tudo e tirando notas altíssimas, e nem pensava em pegar DP.
Pois nem tudo na vida são flores né?. Me lembro até hoje do meu primeiro dia de faculdade: Me sentei na carteira e quando olhei pela primeira vez para o quadro, me senti exatamente assim: "O que? Como? Quando? Onde? Matemática? O que é isso?"
Juro, não fazia absolutamente idéia nenhuma das milhares de fórmulas que estavam no quadro, me senti solitário, perdido, arrependido, sei lá… Foi um mix tão grande de sentimentos a única vontade que eu tinha era de sair correndo pra casa hahaha. Eu realmente não sabia nada sobre as coisas que todo estudante de engenharia precisa saber.
Passaram-se algumas semanas e finalmente começaram as provas, e eu não fazia absolutamente nenhuma idéia de como me organizar para tantas provas/trabalhos, afinal eu não tinha muito tempo para me dedicar e também não conhecia essa super técnica.
Enfim, já não me sentia mais um Einstein e percebi que não era o único jogado naquele barco, onde quase noventa e sete porcento da sala se sentia da mesma forma que eu, sem saber absolutamente o que fazer para aprender tanta matéria. Era tudo muito novo e a matemática que eu aprendi no ensino médio já tinha ficado bem pra trás. Nesse momento senti que estava completamente ferrado, não conseguia nem abrir os livros pra estudar, pois não entendia absolutamente nada.
Enfim, tomei um grande choque de realidade, pois eu não estava preparado o suficiente pra começar um curso de engenharia level hard, e só uns dois ou três semestres depois eu consegui me integrar do assunto, aprendi a me organizar e descobri que eu não passava de um simples mortal que precisava rever os seus conceitos sobre matemática.
“O mais engraçado era que não existia o melhor da turma, tava todo mundo lascado…
Após essa fase ruim da minha vida acadêmica (o primeiro ano principalmente), minhas notas começaram a melhorar significativamente até que veio meu primeiro DEZ, sim, com letras maiúsculas! Hahaha, foi tipo a melhor sensação que eu poderia sentir naquele momento ímpar da minha vida, dessa vez deu vontade de sair correndo, gritando, pulando, postando no Facebook (só porque eu ainda não tinha Instagram), sei lá, foi insano!
Tipo, missão cumprida sabe? “AAAAAAAAH PQP, EU SOU UM GÊNIOOOOOO”, mas missão cumprida mesmo vai ser quando eu finalmente puder pegar o meu CREA!"
Texto retirado do Blog da Engenharia escrito por:
Eduardo Cavalcanti: Fundador e editor-chefe do Blog da Engenharia, está cursando o último ano de Engenharia Civil. Nas horas vagas e não vagas, nutre paixão por séries de tv, fotografia, viagens, redes sociais, música e tecnologia. Instagram: @eduardocavalcanti
(Texto sem nenhuma adaptação)