ACEITAÇÃO
Pensar em si mesmo nem sempre é uma tarefa fácil. Entender quem somos, enxergar defeitos, exaltar qualidade, é algo que nossa cultura inibe. Ninguém quer ter defeitos e muito menos pensar neles ou acreditar que eles existam. Da mesma forma, aprendemos que discorrer sobre nossas qualidades é pretensioso. Assim, passamos a vida inteira sustidos a um estereótipo que os outros apresentam de nós. Nossa vida é moldada no julgamento das outras pessoas e de jeito cômodo, abraçamos isso como um reconhecimento verídico de quem e como somos ou, em alguns casos, nós nos insurrecionamos com o que ouvimos e nos sentimos feridos e injustiçados.
Ser quem somos não é não tarefa dos outros. É decisão nossa. Eu tenho e você tem o poder de definir quem você quer ser e como quer ser. Se você faz coisas que prejudicam sua saúde, como fumar, beber demasiadamente, comer compulsivamente, você é isso. Se você faz atividade física, trabalha sua espiritualidade, preocupa-se com sua aparência, você é isso. Quando você se dedica a alguém que você ama, quando tira tempo para ficar com sua família, quando está pronto a ouvir as pessoas, você é exatamente isso. Quando luta por seus ideais, quando defende pontos de vistas, quando protege algo ou alguém, é isso que você é. E sendo, não importa se os outros de enxergam assim, o fato consumado é o que é. Você sabe disso e com suas atitudes, as pessoas também acabam sabendo. Mas quando se escolhe ser arrogante, prepotente, individualista, mal humorado, hostil, é precisamente você. Sendo isso tudo. Todos nós temos momentos de exaltação em que saímos de nosso equilíbrio emocional e transparecemos comportamentos negativos, como raiva e a agressividade. É da natureza humana aguçar seus sentimentos quando em situação de estresse. Porém, o que nos define é aquilo que somos a maior parte de nossa vida. É como nos comportamos a maior parte do tempo. Isso é o que somos e não como estamos, estivemos, estaremos em situações de temeridade.
Infelizmente, aos olhos dos outros nós somos aquilo que os marcamos. Assim, se os comportamentos negativos marcam por seu ímpeto, as pessoas sempre se lembram deles quando vão nos apresentar. Por isso é muito difícil reparar os erros que cometemos com as pessoas, especialmente quando envolvem palavras que podem ferir. Mas Errar é humano. Escolher como lidar com o erro é inteligente e aceitar a condição de que errou é a única forma para seguir em frente.
Depois de aceitar que erramos, é hora de olhar para o que somos e que queremos ser e fazer a pergunta: eu sou o que eu errei? Eu quero ser diferente do erro que cometi? Então é decisão. Se a resposta à primeira pergunta é não, ótimo, esforce-se para não cometer o mesmo erro de novo porque você não é isso. Se a resposta à primeira pergunta for sim, entenda que todos nós temos defeitos e qualidades e que é sua escolha não ter um outro defeito. Para isso, pense no que você quer ser e trabalhe em sua mente e em suas atitudes as qualidades opostas aos defeitos que você identificou. Só você é responsável por quem você quer ser e como ser. Se as pessoas falarem com você que o percebem de acordo com algo que você não quer ser, responda a elas sem medo: “eu estava naquele momento de ímpeto, mas não sou assim todo tempo." Lembre-se, Você é o que escolhe ser a todo tempo. Você não é um momento. Acredite nisso e reconheça a si mesmo. Nenhum de nós está isento de errar, mas todos somos capazes de ser como queremos em relação a nossos comportamentos, mesmo que leve algum tempo, você será o que escolheu ser. Por isso, aceite-se e entenda que continuará errando, porque é na imperfeição de cada um de nós que reside a perfeição da criação Divina.