Relatório de Turno

29 de fevereiro de 2007

Guarda: o mesmo de ontem.

Foram trocados números da placa de segurança:

43 dias sem acidentes com afastamento e, como sempre, é a primeira coisa que relato todos os dias, religiosamente. Nada de mais aconteceu.

Ninguém morreu. Acredito piamente nisso pois do contrário o alarme teria tocado, ou não? Pensei muito na minha vida das 1:00 às 2:00. um cachorro latiu, lá longe. Rezei pra que não chegasse perto. Era deveras grande.

Uma lâmpada queimou, olhei-a, sem entender o que aconteceu. Pus a mão no queixo, cocei a cabeça e voltei pra dentro. Eram 2:15 e sentei-me na cadeira que por sinal está quebrada e rasgada. Pelas 2:30 desliguei o HT porque ficou insuportável ouvir a conversa dos operadores de produção. Também desliguei o rádio Rinem e o alarme geral, para que o turno seguisse tranqüilo. Funcionou.

Às 3:00 da manhã esfriou um pouco e tratei de por blusa, a da empresa.

Confesso que dei uma leve cochilada mas de segundos. A garrafa de café esvaziou rápido mas é por causa daquele frio que falei antes... Matei uma barata com asas, morri de nojo. Um motorista que veio até mim para pesar seu caminhão, me deu uma revista pornô mas juro que não li, apenas vi as figuras. Bem, como sou muito sincero, exatamente às 3:15 enrolei um baseado que fumei no corredor da Portaria pois pensei; “Ah! Foda-se!” Alguma coisa passou em frente a lua às 3:25 mas não identifiquei o objeto. Às 4:00 uma Kombi colorida chegou trazendo vasos de cogumelo para o refeitório e mandei entrar. Achei estranho, mas só quando cheguei em casa. O jornaleiro jogou sua encomenda às 4:10, acho que era um jornal mas não quis mexer. Houve um número muito grande de pernilongos violentos esta noite. Serenou às 5:35 contrariando a previsão de um site muito bacana que descobri na internet. Porque não sei se tem problema mas em todos estes intervalos de tempo eu fico navegando. O sol nasceu às 6:05, de acordo com o horário de verão. Às 7:00 passei o serviço de qualquer jeito para meu substituto e fui. Sabe, eu não complico as coisas. Sem mais.

Ricco Salles
Enviado por Ricco Salles em 23/09/2014
Código do texto: T4972612
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