MOEDA DE PRATA

MOEDA DE PRATA

Ontem fui a missa das dez horas, como a maior parte vezes. Não sei por quantas vezes já ouvi o mesmo Evangelho nas missas que assisti estes anos todos. Jesus narra aos seus apóstolos a fabula do vinhateiro que saiu de casa de manhã para contratar operários para sua messe, com a promessa de pagar-lhes a empreitada no fim do dia o salario de uma moeda de prata. Foi até a praça e logo contratou os que lá estavam, voltou ao meio do dia, no meio da tarde fez a mesma coisa. Contratando-os, também, por uma moeda de prata pelo trabalho. A tardezinha voltou na praça e ainda encontrou poucos e convido-os a trabalhar em sua vinha naquele dia e lhes perguntou por que não estavam trabalhando, ao que eles responderam que ninguém os tinham contratado. Disse o vinhateiro, vão trabalhar para mim agora e pago-lhes um moeda de prata pelo trabalho e eles foram.

O sol já começava a se esconder, mandou chamar o mordomo que cuidava da lavoura e deu-lhe as moedas de prata na conta dos trabalhadores. Pague aos foram contratados por último até os que contratamos primeiro. E ele assim o fez. Não demorou muito para aparecer diante dele os que contrataram logo pela manhã. Que tomaram da palavra e lhes falou: - Não é justo recebermos uma moeda de prata igual aos que chegaram ainda a pouco e também receberam a mesma moeda. Nós trabalhamos muito mais e recebemos o mesmo valor.

Responde o patrão: - Não tenho eu o direito de fazer o que quiser com o dinheiro que me pertence? – Vocês não receberam o valor que havíamos combinado, quando eu os contratei? Eles refletindo aceitaram. Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.

Este evangelho então sempre me deixou pensativo e chateado em ter a mesma opinião dos primeiros que foram contratados e trabalharam o dia todo e, no entanto receberam o mesmo que os que chegaram por último.

Agora casado e com netos é que vivendo a vida por momentos bons e outros difíceis foi que comecei a raciocinar mais de acordo com as palavras de Jesus.

E penso que os primeiros, foram desonestos com os últimos, por que eles logo pela manhã conseguiram trabalho e tinham certeza de que teriam dinheiro para levar comida para pagar alguma divida. Enquanto os outros ficaram no sol da praça sem comida esperando que alguém os contratasse o que não aconteceu, se não fosse a bondade do dono da vinha ficariam sem ter o que levar para casa para comerem. Então quando o patrão os contratou ficaram felizes pois tinham um serio problema a resolver e por pouco ficaria sem solução.

Outro modo de interpretar a parábola é se fizemos da vinha a representação do Reino dos Céus. Muitos de nós já nascemos cristãos e guiados pelos nossos pais prosperamos na fé desde cedo, quando outros no meio e no fim da vida se convertem a Cristandade, quando se encontram no céu reclamam que rezaram e ajudaram a conversão de muitos a vida inteira e os que se converteram depois tem os mesmos direitos de ir ao céu. Mas o amor de Deus por nós é tão grande que se no último momento se arrepender de tudo que praticou de mau na vida se com sinceridade se arrepender, estará com todos os outros na Gloria de Deus.

O sistema capitalista está tão em desacordo com os seres humanos que os ricos acham que os pobres nasceram com a maldição de morem como pobres e não aceitam que estes melhorem de vida. Isto não é justo a terra pertence a todos e todos tem o direito de ter uma vida digna de acordo com seu esforço pessoal e galgar os degraus do sucesso financeiro e felicidade em desfrutar das coisas boas que a vida oferece.

sSantAna ( Drakcon ) 22/09/2014

Phósforus
Enviado por Phósforus em 22/09/2014
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