AH, QUE ALEGRIA SENHOR...AS CRIANÇAS!

Sempre estou em termos de humor e entusiasmo, da média para cima. Claro que  é normal, acontecimentos não agradáveis a ninguém, fazerem o ponteiro do “corometro”- do lat. Cor, coração - baixar a ponto de exigir reabastecimento.

Se fossemos um carro, passaríamos em um posto de combustível e diríamos ao frentista: “completa” e estaríamos aptos a rodar por mais quilômetros e caminhos. Conosco sendo pessoas, no entanto é diferente. Somos “máquinas” especialíssimas, não feitas em série, portanto diferenciadas e únicas. Nosso tanque de combustível varia de forma e tamanho, valendo dizer, capacidade; o que regula até onde nosso “veículo” pode nos levar. Também a capacidade do suportar pesos; abusando indiscriminadamente: o número de eixos não seriam apropriados para suportar a sobrecarga e surge então a pane veicular.

A Acidentologia - ciência que estuda os acidentes, os seus nexos de causalidade e dinâmicas, é uma importante ramificação da Ciência do Tráfego (que engloba todos os trânsitos), define e conceitua os muitos itens que podem causar os acidentes, incidentes e ocorrências fatais ou de danos materiais. Desde a invasão, por exemplo, de um enxame de abelhas no interior de um veículo, picando o motorista que vai à vitimação, até a interveniência de um forte vento lateral - local onde ocorre, demarcado por uma placa, com uma palmeirinha inclinada - que ninguém liga e talvez nem saiba o que representa;  também a aquaplanagem: onde uma película de água de milímetros na pista de rolamento – mormente com pneus “carecas”, mas não necessariamente, pois os pneus podem não ser adequados ao tipo ou modelo de carro; levam o veículo a entrar em processo de capotamento causado pelo susto repentino do motorista, que gira forte e subconscientemente o volante, ou pior ainda, acessa o freio-motor estacando abruptamente o veículo.

Digo isto por ser pouco ou raramente comentado nos noticiários levados ao conhecimento público, que sempre fala grosso modo, sem nenhuma emoção ou sentimento, bem conforme a banalidade que se instalou na vida social, sempre com os olhos voltados para os próximos quatro, cinco anos, e, o próprio hoje... já é passado!

Mas, não divaguei com pode parecer. Posicionei o falar aonde necessário. Precisamos ter mais consciência da “acidentologia” em nossas “máquinas” biológicas, trafegando pelas estradas da vida, prestarmos mais atenção aos “grilos” que algumas pessoas os tem como hobbyes. Como cultivar na cabeça, minhocas, um ranário; outros cultivam esquisitices e desnecessidades. Pior ainda, um canteiro de absurdidades de uso pessoal, para entrar na fossa em meio a todos os familiares quando estiverem felizes. Não sendo nenhum doente, é um requintado estraga prazeres.

Não divaguei porque quando percebo que não estou arremetendo (em aviação é subindo, elevando o nariz da aeronave) faço o seguinte passeio: deixo o que estou fazendo, tomo um copo com água, um cafézinho na cozinha e vou até a sala de jantar. Na sala tem uma peça tipo aparador, onde colocamos as fotos dos filhos e dos netos - agora tenho dois, só tinha o Pedro Arnaldo de 11 anos, da minha filha Déborah; nasceu-me (não errei) a Júlia Elisa que vai fazer três meses, do meu filho Mauro Jonathan; chegando à sala, olho para o rostinho de cada um deles e meu avião arremete, vai às nuvens. Extravaso entusiasmo e alegria até pelos poros, sorrio e agradeço a Deus, esse maravilhoso Pai!

Não hesito, faço uma oração em voz  alta – ficamos sozinhos eu e a Jôse depois que Iris, nossa funcionária doméstica vai embora, se a Iris estiver ( é como fosse nossa filha), será a mesma coisa. Agradeço, e lá de onde estiver, a Jôse repete alto comigo : AMÉM.

Era isto que queria lhes dizer. O certo é você ser dos que agradecem e são felizes com pouco. Que a sua alma – que todos a temos – ressoe bem alto com muita e imensa felicidade, não sendo daqueles que mesmo nadando em bens materiais: falo de dinheiro mesmo; fazem como quem noticia os acontecimentos; pouco se lhes dá tais “futilidades”, seja um beija-flor ou um tiranossauro.

O muito ter, lhes roubou o ser! Secaram-lhes as emoções e os fizeram esquecer as verdades que sempre existiram... a respeito da ternura, carinho e do amor; de crescer emocional e espiritualmente, abençoando seus dias, partilhando com seus filhos e os filhos de seus filhos, a alegria de viver para aqueles rostinhos – as crianças com as quais Tu nos presenteias. Ah, que alegria Senhor, as crianças!...
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 30/08/2014
Reeditado em 27/11/2015
Código do texto: T4942697
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