Sobre o mecanicismo e causalidade
Se os fenômenos mentais participam de conexões causais rígidas , uma distinção entre causa moral e causa física, por exemplo, seria uma ilusão, pois o sujeito moral e seus pensamentos de certo e errado seriam um produto deste esquema total. Em resumo, Se eu( coisa físico-natural) sou o meu cérebro( coisa físico natural), eu cheguei a essa conclusão por alguma causa da mesma natureza que “eu” , posto que não há outro tipo de causalidade ( uma causa transcendente, por exemplo, influindo). Não há uma porta aberta entre o físico-natural e o transcendente de modo que se relacionem. Mas, se de alguma maneira, “eu” posso estudar o processo causal da perspectiva de primeira pessoa( sujeito) e ver o processo enquanto objeto (ele) o próprio conhecimento sobre o processo requer uma causa distinta dele, ou seja, que o transcenda. Teríamos que admitir que o conhecimento humano requer, no
mínimo, dois tipos de causa. Se o requer, estamos racionalmente justificados a crer que existem , no mínimo, duas explicações causais para um mesmo fenômeno.