A Globalização da Pobreza
A Globalização da pobreza
Que me perdoem os senhores, mais observo cada vez mais nesta sociedade um numero abusivo de injustiças cometidas a esta, que os senhores formalmente chamam de “Classe Média”. Desculpem-me se em alguns momentos eu parecer cego pelas injurias que assolam meu peito, mais é somente nessas horas, que nós seres humanos, temos força e coragem para reclamar.
Passa a minha cabeça neste instante uma musica versejada pelo ilustre compositor, “Gabriel, O Pensador” que demonstra da melhor maneira possível o meu sentimento neste momento, é um verso simples e direto que diz: “(...) Aquilo que o mundo me pede, não é o que o mundo me dá. (...)”. Há tempos a “Classe Média” desta sociedade vem desempenhando o seu papel mediano de ocupar cargos igualmente médios em grandes e médias empresas (como recrutamento, gerencia, auxiliar geral, etc...) deste modo vivia-se um sonho... [Um grande e belo sonho... O sonho de um dia mudar de vida, um sonho de um dia chegar a divinal “Classe Alta!”].
Por mais que este sonho muitas vezes tenha sido alcançado, muitos morriam sem qualquer chance de aproximação deste “Santo Graal” da sociedade, desta forma transferiam seu desejo (ou sua raiva) para os filhos, que viviam o mesmo ciclo de dependência a cargos medianos que cada vez menos levavam a algum lugar (a não ser uma mesma transmissão de desejos e sentimentos para as gerações posteriores) , até que chegamos aos admiráveis tempos modernos, com uma sociedade especializada em tudo, uma sociedade em que nada abala o pensamento cético e orgulhoso da chamada “Ciência Moderna”, mais nós seres humanos estávamos enganados, mais uma vez estávamos humanamente enganados ao crer que nossa sociedade era intocável pela mão do distúrbio político-social ... Nos cegamos aos “Filosofo-Profétas” que sabiamente premeditaram o nosso terrível, “Hecatombe Pós-Guerra” e estamos aqui cegamente transformando uma classe social inteira em uma classe mais baixa, uma classe que uma vez foi conhecida por “Cidadãos padrões” esta decaindo a ponto de não haver nem mais os mesmos medianos cargos de sempre, para que esta pobre “Classe Média” pudesse ter suas mínimas esperanças de crescer.
É Triste dizer senhores, mais a esperança da “Classe Média” de hoje não é mais ter carros importados, cargos de alto nível em multinacionais ou um “Britsh Way of Life” com todos seus requintes Elisabetanos... Não senhores, a “Classe Média” hoje, clama por apenas sobreviver, clama por um emprego qualquer, não importa se é médio ou baixo, clama por um arroz e feijão com salada e bife mal passado junto com uma coca-cola sem gás. A “Classe Média” hoje clama para se tornar novamente os “Cidadãos Padrões” de antigamente, com aqueles mesmos padrões que criaram esta imagem de base social digna e honesta, sem exageros e sem margens de especulações.
É deprimente mais, o “Cidadão Padrões” de hoje são os trabalhadores da “Classe Baixa”, eles que refletem a imagem da nossa sociedade, mendigando um salário de fome e se conformando com qualquer injustiça que lhes é colocada a mesa. Enquanto as pessoas se ajoelham e riem do “circo” do “pão” e da “cruz”, a nossa sociedade é consumida pelas chamas da injustiça e da corrupção.
No fundo vive o sentimento de culpa de já termos premeditados este fim, assim como já havíamos premeditado o aquecimento global, mas em relação a isto, com sinceridade me respondam:
Qual dos dois vai nos matar primeiro, o aquecimento global ou o caos generalizado que assola a civilização moderna?