Lembranças - Parte 1
Como um velho amigo meu diria, a propósito, um dos poucos amigos que possuo fora da falsidade imunda desse mundo desgraçado, há poucos, muitos poucos amigos de verdade, com quem se possa contar quando necessário, que encubra nossos rastros para que os odiosos não nos encontrem.
Encontrei algumas pessoas, durante a minha desastrosa vida, que, pode-se dizer assim, são inesquecíveis. Pessoas que amei, pessoas que apenas gostei, pessoas que odiei e, por fim, pessoas que matei. Mortes que, às vezes, fizeram sua passagem nesse mundo ter um rendimento melhor e que, outras vezes, não foram a melhor coisa a se fazer, porém, irremediáveis.
Há uma pessoa, nesse mundo, com a qual eu poderia passar o resto da eternidade, mas não tenho crença alguma de que ela queira o mesmo, nem esperança de que ela me enxergue assim como à enxergo. Seus olhos brilham, seu cabelo, e não faço ideia do porque escrevo isto. O brilho de seus olhos me entorpece.