HONRA ( Capítulo IV )

Jorge chorava, baixinho. Ele percebera que havia deixado seu filho com lobos, tigres dente-de-sabre entre outros milhares de animais desconhecidos e sem suprimento algum, apenas um canivete.

Ele não se sentia tão culpado pois desde que Pedro tornou-se um pré-adolescente, seu pai o ensinava técnicas de sobrevivência aprendidas no Exército Português.

Aliás, Jorge fora um grande membro da infantaria portuguesa e lutara na Guerra dos Cem Anos. Erguia com orgulho sua espada para o bem de sua nação.

460 km ao sul de Jorge, na ilha, Pedro fazia uma fogueira. Ele sentia falta do pai, eram poucos os momentos que passava longe dele.

Mas não havia escolha a não ser sobreviver e esperar a volta do pai.

Anoiteceu e Jorge já estava chegando em Portugal. Passou o dia todo remando e orava para que o porto estivesse em atividade para que pudesse voltar para sua humilde cabana o mais rápido possível.

Porém o porto esteve fechado o dia todo por conta de um maremoto que estava previsto para a madrugada do dia seguinte e os navegantes que planejavam ali atracar foram avisados com dias de antecedência que ali não poderiam ficar.

E o maremoto se aproximava mais rápido do que Jorge imaginara.

E quando ele estava remando até a praia lentamente, rente a cidade, começou a sentir um tremor. O maremoto havia chegado.

Ele começou a ficar nervoso... o suor escorria pelo seu pescoço. Não sabia o que fazer.

A primeira ideia foi virar o barco e se proteger embaixo dele. Estava prestes a virar o barco quando se deu conta que seria engolido e se afogaria.

Ele estava ficando desesperado... e o maremoto vinha com cada vez mais força.

Decidiu seguir em frente enquanto pensava.

Mas não deu tempo. O maremoto estava em sua frente.

E então...

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Fim do capítulo 4