O Nome
Não sei o que devo pensar, tampouco, o que devo fazer. Esta situação me confunde. Já passei por isso tantas vezes quanto pudesse suportar, mesmo assim aqui estou, ao pé de um abismo de dúvidas e indecisões.
Onde foi parar aquela inspiração? No que foi se tornar aquela mente, outrora brilhante, cujo foco era tão poderoso a ponto de bastar um desejo para tudo se transformar e cair aos seus pés? A resposta é simples. Ela focou todo o seu brilho num único nome. Uma única palavra tornou disléxica a mente do sábio...
Esse nome não liga pra você. Esse nome não o conhece, nem mesmo sabe o seu nome. Esse nome o julga como quem julga a um escravo de seus luxos. Esse nome o nomeia como quer. Esse nome o faz crer que está no paraíso, enquanto o fogo do inferno consome tudo a seu redor. Esse nome, tão rubro quanto rubi, o trouxe a paz que você tanto precisava. Esse nome, em algum universo paralelo, possui o mesmo sobrenome que o seu, ou não...
Olhando fixa para mim, lá do alto, observando meus pensamentos e notificando minhas atitudes, está ela, aquela à quem meu coração se entregou sem pedir permissão.
Um voo rasante num mar de desespero, despedindo-se de amores e temores jamais apreciados. Nossas almas, ainda posso vê-las, dançando no meio da sala, no embalo daquele amor que não me permite esquecer o fato de que serei teu para além do sempre. Tantas informações já não cabem em mim.
A utopia de uma vida perfeita ainda me persegue. Sangue coagulado interrompe o caminho que meus sentimentos traçam do meu coração até o seu. Um buraco negro de ilusões me suga para longe de você nesse instante...