FATOR HUMOR NA EDUCAÇÃO
Uma das frases de Oscar Wilde, dramaturgo, escritor e poeta irlandês, expoente da literatura inglesa durante o período vitoriano, é: “A vida é muito importante para ser levada a sério”. Através desta, percebemos no século XIX que a forma de expressar e/ou retratar algum fato relevante já era demonstrado de forma irônica ou até mesmo cômica.
Diante dos movimentos literários, artístico e cultural ocorridos nas últimas décadas, um fator trouxe consigo um ingrediente fundamental para envolver diretamente o público-alvo. A irreverência, o ar cômico que sempre encantou a todos, porém nunca foi considerado, efetivamente, como instrumento de interface, de exposição a transmissão de conteúdo, ou seja, nunca foi um meio e sempre o fim caracterizado pelo deboche, crítica ou até mesmo arrogância.
Em vista que a sociedade moderna mudou radicalmente seu comportamento, hábitos e valores, os jovens não apresentam o mesmo interesse de tempos atrás, além das facilidades proporcionadas pelo avanço da tecnologia, cada vez mais os alunos não dedicam a aprendizagem, onde a maioria dos estudantes querem saber apenas o que precisam para as provas, deixando de lado a verdade importância do estudo. Isso acontece porque o próprio modelo de universidade foca apenas nos critérios descritos por elas mesmas. Além dos métodos aplicados nas escolas continuam os mesmos, não sendo adequados para esta nova geração. Assim, alguns recursos devem ser incorporados para que o ensino esteja em paralelo com os anseios que a globalização trouxe para a sociedade. Um dos possíveis estimulantes é o fator sorriso, sendo uma poderosa ferramenta de transmissão de conteúdo. De acordo com o pesquisador e professor William Strean, da Universidade de Alberta, nos Estados Unidos, “O humor é fundamentalmente importante para criar um clima de leveza, que facilita a aprendizagem”. Assim, a perspectiva de humor vai além de contar piadas e obter gargalhadas dos alunos, passa também por trabalhar o movimento físico, atividades lúdicas e líricas, apresentando impactos diretos no aprendizado. Embora seja um “negócio” sério, pressão e emoções negativas podem ficar no caminho de uma pedagogia de sucesso, assim, o humor é uma boa forma de desviar a atenção desses problemas. É essencial incluir abordagens em sala de aula que passam contribuir no aumento da atenção e reforçar as questões ligadas à concentração e ao aprofundamento do aprendizado não-cognitivo.
Esta nova metodologia de ensino não deve se resumir para alunos da educação básica, e sim para todos os níveis educacionais, inclusive para jovens universitários, onde o ensino superior apresenta uma noção mais apurada dos alunos, onde está mais focada nas habilidades cognitivas, que são necessárias para trabalhar e desenvolver a capacidade de trabalho sobre pressão, paciência, concentração e o pensamento criativo. Assim, ao invés de começar uma aula com um texto chato de revista incomum do cotidiano dos alunos, ou um filme que ninguém tem vontade de assistir, é mais interessante começar uma aula com a leitura de texto engraçado, compartilhando uma história divertida ou ainda jogando e dançando, de forma profissional, na medida certa e respeitando os limites de todos, inclusive do educador.