O SUPERDOTADO
A existência de alunos com desempenho excepcional provoca interesse na maioria das escolas. Porém é incomum encontrar alguém com essa característica além de ser difícil identificar tal aspecto. Assim, são desenvolvidos métodos para um maior detalhamento de como reconhecer o superdotado, através do comportamento e pelas habilidades demonstradas, assim, vem surgindo pesquisas sobre o assunto, além de sistematizações esclarecedoras.
O interesse que as escolas apresentam em apresentar um estudante extremamente dedicado e com um QI excepcional é sumariamente inteligente e favorável, onde, por sua vez, investir em alunos de altas habilidades significa enriquecer a sociedade, dando-lhe meios para entrar na concorrência altamente proveitosa. Traz vantagens imediatas aos estudantes superdotados e em longo prazo beneficia o país. Como exemplo, temos os Estados Unidos, onde é comum investir em jovens talentos, tornando-se, assim, uma política governamental há décadas. Um estudo feito em 80 países por economistas da Universidade de Chicago (EUA) concluiu que as políticas de formação de talentos empreendidas pelas nações mais ricas do planeta foram, em muitos casos, a chave para sua prosperidade econômica, revela Izabel Sadalla Grispino, supervisora de ensino aposentada no Brasil.
De modo geral, por ser incomum encontrar um tipo de aluno com essas características, se torna difícil ter habilidade de cuidar do mesmo, onde a escola deve se preparar para receber esses alunos, havendo uma receptividade adequada, interativa, com alternativas pedagógicas criativas e orientação aos professores. Os mesmos devem ter necessidade aperfeiçoamento, estando preparados para esse atendimento especial, pois não vai acontecer a inclusão do superdotado se o professor não receber uma capacitação, um apoio técnico-didático competente. Isso porque, na sua grande maioria, os educadores se sentem despreparados e se valem da ajuda de parcerias com faculdades, secretarias de Educação, também, de professores itinerantes, que trabalham com alunos de altas habilidades.
Diante deste cenário, torna-se um das preocupações da gestão inclusiva, ou seja, a necessidade da alta gestão em saber atender as peculiaridades do superdotado, além de não discriminar os demais. Os professores, geralmente, têm dificuldades de identificar alunos como superdotados, mas apontam algumas características de imediato, sendo elas: Aprende mais rapidamente que seus colegas da mesma idade; Faz muitas perguntas, demonstrando uma grande variedade de interesses e curiosidades; Tem um vocabulário inusitadamente avançado para sua idade ou série, riqueza de expressão, elaboração e fluência; Tem um senso de humor altamente desenvolvido; É persistente no empenho em satisfazer seus interesses; É crítica de si mesma e dos outros; É sensível a injustiças, tanto em nível pessoal quanto em nível social; Não é propensa a aceitar afirmações, respostas ou avaliações superficiais; e Apresenta desempenho acima da média em testes de inteligência.
De acordo com o exposto, percebe-se a dificuldade de trabalhar esses alunos, tornando um desafio para o professor, onde é a figura de referência do desenvolvimento desse aluno. Assim, deve ser treinado para identificar as crianças com habilidades especiais, reconhecer e responder à diversidade, acolher as diferentes potencialidades, características, ritmos de aprendizagem.