Kalúnia 68 - Um jornal de boatos confirmados - Carlos Lacerda Cover

Ruinaldo Azedo

Se existe hoje um jornalista tão assustador quanto foi Carlos Lacerda e seu ímpeto golpista na imprensa e rádio nacionais, este é certamente Reinaldo Azevedo, cujo artigo na Folha de São Paulo, de 20 de junho, se chama: “O Nacional – Socialismo Petista”.

Ler Reinaldo é abrir uma caixa de tarântulas. Depois de invocar sutilmente, a sua maneira, o nazismo. O articulista abre sua concha com a pérola:”SIM, EU estava perplexo com o ‘Dilma, vai tomate cru’!”, tudo com estas caixas altas paranóicas e piadinha sem graça e grossa.

Quando se lê Reinaldo Azevedo, cria da Veja e seu publisher sênior, J.R.Guzzo (será José Reinaldo?), têm-se a nítida impressão de que ele primeiro escreve para ele mesmo, depois para os donos dos veículos onde escreve, depois para os inimigos que busca atingir; e por último: para o leitor normal. Isto porque as poucas informações que seus textos fornecem saem justamente de seu inimigo jurado – o Partido dos Trabalhadores, ou Ptralha como ele mesmo apelidou a legenda sem pagar direitos autorais à Disney.

No artigo “O Nacional-Socialismo...”, Reinaldo a certa altura se diz vítima de calúnia e difamação por ter sido alinhado pelo vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, junto com outros colegas como Augusto Nunes e Diogo Mainardi (onde andará?) e Lobão (que não é o dos três porquinhos) - como pittbul do conservadorismo. Quem e o que quase ninguém conhecia e sabia até ele falar isto.

Azevedo é mesmo de pasmar. No mesmo artigo, em grand finale, ele apresenta uma tradução própria de um trecho de um discurso do braço-direito de Adolf Hitler – Goebbels – sem dizer quem é, para se identificar com a imprensa judaica da Alemanha dos anos 30/40, e terminar gloriosamente : “Goebbels, vai tomate cru!”.