A história é uma transmissão de valores e saberes...

Desde os primórdios da história, os homens contavam suas experiências que se transformaram em aventuras, narrativas, canto, lendas, mitos, narrativas...

Os primeiros nômades eram caçadores e viajadores, militares, guerreiros, migrantes, depois se tornaram colhetores de frutos e sementes até se estabelecerem na terra. Surge as criações de hortas e gados. O homem é agora agricultor e camponês... A cultura se faz mais complexa aprimorando as relações entre grupos e pessoas, registra suas pinturas rupestres, aprendendo a usar novos artefatos em pedra... e outros metais.

E os homens contavam histórias entre a fogueira e o círculo de pessoas curiosas e ávidas de novidade. E as gerações contavam suas narrativas inventadas aos filhos e estes aos netos... Essa tradições gerou outros contadores e escritores de histórias, até chegar em Homero, Hesíodo, Cervantes, Kafta, G. Rosa, dentre tantos, Os ouvintes se tornam narradores; os narradores dramatizam, os que narram depois escrevem: ou escrevem para narrarem ou contar a história vivida ou ficcionada... A conexão vida e narrativa se torna grávida de imaginação e necessidade de cada cultura.

Com a transformação das culturas, a invenção da escrita, a história registra tudo em livros. Ou quase tudo! Mesmo com as novas tecnologias e o mundo virtual, o apego e a necessidade de ter e ler livros ainda é uma das demandas vivas da histórias humana.

Quem não gosta ainda de ler, ouvir histórias, pegar gravações e se emocionar com narrativas na internet, ler livros na biblioteca ou nas praças. Na era vitoriana, as mulheres liam livros escondidamente...

E os livros vingam os tempos, depois que aldeias se tornam cidades. Primeiro em pergaminhos, papiros, argilas secas ao sol, tabuinhas e téceras, escritos aparem em monumentos e documentos.

Na Grecia, a Ágora era o lugar de comércio e encontro, de peripatear filosofias, escrever e ler os editos dos reis e escutar histórias e registrá-las. As trocas culturais, embora desiguais de lugar para lugar e de pessoa para pessoas, eram inevitáveis, mesmo quando ameaçassem o poder e o templo.

De uma conversa, fluíram histórias e as diferentes maneiras de memorizá-las aconteceu...

Que bom haver contadores analfabetos, pobres, simples, de todas as latitudes; que bom ter escritores de todos os tipos e culturas, ricos e cultos, pagos e não pagos...

A história se fez papel, se fez voz e na solidão do livro continua até os novos tempos, ainda qu difíceis, mas sempre sedentes de novas e lindas, velhas e curiosas histórias.... Se meganarrativa, mini, apenas narrativas, reais e ficção.

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“Toda árvore boa dá bons frutos, a árvore má dá maus frutos” (Mt 7,18)

Após o jantar, como fazia todos os dias, um jovem pai colocou-se diante do televisor. Na sequência haveria o noticiário, novela e futebol. Depois de esgotar todas as tentativas de chamar sua atenção, a filha partiu para o ataque direto: “Pai, por que você fica olhando estas figurinhas na TV? Não vê que eu sou real?”.

A vida é feita de escolhas. Optar por certas coisas significa abrir mão de outras. No caso citado, o pai desligou o aparelho e deu toda a atenção à filha. Este momento era importante, e talvez não fosse possível recuperá-lo. E o pai fez o que devia fazer.

Mas alguns pais esquecem que seus filhos são reais.

Da mesma forma, há patrões que esquecem que seus empregados são humanos, têm sentimentos.

Isso vale para políticos, professores, sacerdotes.

Para meditar: “Ninguém é tão grande que não possa aprender; ninguém é tão pequeno que não possa ensinar” (sabedoria popular).

FONTE: http://paroquiaimaculadaconceicao.com.br/reflexao-diaria-27-de-junho-de-2014/

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J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 25/06/2014
Reeditado em 28/06/2014
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