Invasão ao cemitério - o duelo nos ramos da morte
*Rascunho.
Nossos amigos continuam a explorar à arena cemitério. Ravena, Morgan e Dakalion estão diante um confronto decisivo para com um poderoso inimigo chamado Antro, o guerreiro sombrio dos túmulos impuros. Um demônio de classe "S" com poder igual ou superior ao de todos os "Guerreiros de Deus".
Descobre-se também que Antro já foi discípulo de Beelzebub, um dos demônios supremos que ajudaram a silenciar dois dos quatro guerreiros elementais (neste caso, Alvers e Dalila), e que atualmente foi morto por Liebe Valêntulus. Procurando vingança, Antro resolve eliminar todos os guerreiros que lutam ao lado da justiça (pelo menos os que ainda estão vivos), a começar por estes três. Trágico destino que os uniu, pois Antro é o responsável pelo cemitério do inferno.
Apenas para lembrar, vimos que Ravena e Morgan foram incumbidos de invadir o cemitério do inferno para resgatarem as crianças recém-capturadas por alguns demônios de nível inferior. Dakalion Apareceu por acaso, já que estava bem perto do local, resolvendo então ajudar os "amigos" (mesmo com a atual união, muitos atritos pessoais ainda reinam entre os guerreiros da terra).
Na frente dos três valentes e corajosos humanos, o demônio dos túmulos realiza uma técnica suprema. A julgar, parece ser uma disciplina de invocação, pois o campo de batalha ficou repleto de cadáveres. Mesmo lutando em um cemitério, aqueles cadáveres invocados não eram do atual local e sequer comuns. Tinha algo mais ocultado (mistérios, por enquanto).
- Avante meus podres servos! Vocês servirão de refeição para os meus mortos queridos! – Alega a entidade, com vocábulo insano.
Sem hesitar, a mortualha viva, de forma convicta, avança sobre a direção de nossos heróis, sedentos pela sua carne, corrompidos por sua eterna fome, até que...
(...)
As almas daqueles corpos reanimados começam a ser absorvidos/sugados, e de fato, se aglomerando em um único ponto, sob o alto de um mausoleum próximo. Todos olham em direção ao ocorrido para verem do que se trata. Eis a surpresa: era Lord Fúnebre, o guerreiro necromante dos cemitérios, com o seu eterno e pequeno sorriso sarcástico. Tal guerreiro foi dado como morto nas batalhas do País da Chuva, e de fato, voltou ajudando nossos heróis (o que é raro; muito raro mesmo). Com o seu golpe "marcha perpétua dos espíritos" ele mandou todas aquelas almas ali presentes naquele campo de batalha novamente para o descanso eterno. Perplexos, todos fixam seus olhares perante ele.
- Sendo assim, eu é que serei o seu adversário! – Menciona o mesmo, em um tom formal de ego e confiança.
- Esse homem, absorveu todas as almas dos cadáveres que estavam neste campo! - Pensa ele.
Todos, chocados com a aparição repentina do encrenqueiro solitário, apenas observam e escutam a situação. O suor desce frio e o semblante é de preocupação.
- Mas quem é você afinal?! - Pergunta Antro.
- Heim?! - Gesticula Fúnebre, com um alto teor de sarro.
Caminhou dois passos à frente sob o mausoleum e respondeu ironicamente seu inimigo com um tom de deboche:
- Não estou com vontade de me apresentar a um sujeito esquisito feito você!
Ao finalizar tal frase, ele joga um mortal para frente, na direção de nossos heróis e resolve falar seu nome:
- Mas eu sou Lord Fúnebre dos cemitérios. Sou a babá dessas crianças ridículas.
Inconformado, Morgan retruca:
- Como assim “babá”?! Não decida as coisas por sua conta!
- Dá pra calar essa boca?! Não fui eu quem decidiu isso não! Ordens superiores. Do contrário, quem iria querer ser babá de vocês por vontade própria?! - Menciona, sem sequer olhar para a direção dos mesmos.
- Então quer dizer que, você não passa de uma mera escolta para essas crianças perdidas? - Pergunta Antro.
- Sim! - Confirma o guerreiro sombrio.
- Mas uma coisa me intriga! Sinto um cheiro de morte exalando de você!
- Epa, epa, epa...tá me estranhando é?! Pode ir saindo fora que você não faz nem um pouquinho o meu tipo! Sou exigente quanto à beleza! - Exclama ele, com a sua complexa e furiosa língua afiada.
- Você parece ter mesmo bons olhos para distinguir o que é belo! Porém, não foi você mesmo quem me disse que me faria companhia, seu lixo!
- Não vem com piadinhas, demônio transformista! - Diz Fúnebre. Até que Morgan se vira em direção ao herói galante e diz:
- Espere Lord funerária (único nome que consegue estressar Fúnebre), eu é que vou dar um jeito nele! -. Porém, Fúnebre mete a mão em seu rosto, apertando-o e o empurrando-o para o lado e diz:
- Você não vai dar jeito em nada! Então vamos dançar! - Diz Fúnebre, em um tom meio alto, correndo com tudo na direção do feioso monstro.
- Quem vai dançar aqui...é você! Suprema invocação: moscas diabólicas reais.
Todo o ambiente, sem excessão, é totalmente popularizado por moscas carnívoras, que sem exitamento, vão para cima de Lord, que por sinal, se esquiva com uma esportividade incrível. Porém...ao se desviar pela terceira vez, ele observou que aquelas moscas arrancaram lascas do solo.
- Suas moscas fazem isso?! Mas que coisa mais nojenta! – Exclama ele!
Com movimentos rápidos e certeiros, as moscas a todo custo tentam acertar o guerreiro da morte. Até o momento, em vão.
- Diga-me, senhor humano impuro...por acaso você sabia que moscas que voam sob um cadáver são os restos de sua própria alma?
- Hãã?! Não me diga! – Mesmo pressionado, continuou ironizando seu inimigo.
- Como dito anteriormente, meu mestre Beelzebub me ensinou todas as suas técnicas. Não há motivos para me segurar, já que vocês foram os responsáveis por sua morte. MORRA, SEU LIXO ASQUEROSO! – Grita o demônio, puto com a situação.
As moscas cercam o guerreiro necromante, sem chances de escapatória. Porém, algo está errado, porque nada acontece. Só vemos Fúnebre parado, cercado e imobilizado. De repente, ele começa a caminhar normalmente, até que...
- Eu já disse...que você não faz nem um pouquinho o meu tipo! Mas parece que temos uma grande afinidade!
Depois de tal frase, ele levanta sua mão esquerda, e sobre ela, uma das moscas de Antro estava presa em uma espécie de esfera azul. Em menos de dois segundos, todas as moscas do mesmo estavam presas dentro desta misteriosa energia azulada.
- Mas...o que são essas chamas azuladas e fosforescentes? – Pergunta Antro.
- Essas chamas são conhecidas por fogo de raposa. São as únicas chamas do mundo dos humanos que podem queimar e matar um demônio de forma definitiva. Claro que com você não vai adiantar, já que tu és um dos fodões.
Sem hesitar, com um estralar de dedo, todas as esferas começam a se desintegrar, levando consigo todas as moscas impuras. É o fim das graciosas servas de Antro.
- Mal...maldito! – Menciona o demônio, partindo para cima do herói lúgubre, sem pensar e de forma demasiada. Ele, esquivando-se, vira seu rosto de lado para com o mesmo, e em um pequeno semblante menciona:
- De perfil você não é de se jogar fora!
Depois dessa frase, simplesmente ele corta o demônio ao meio, com a sua pequena, mas poderosa e afiada espada masamune. Os pedaços de seus membros caem no chão como frutas apodrecidas e uma poça enorme de sangue começa a se emanar ao chão, e de forma agonizante, o demônio começa a se decompor.
- Que azar! Não deu nem pro cheiro! – Exclama Fúnebre, de costas para o cadáver do inimigo.
Em meio à decomposição do monstro, Ravena percebe algo e diz:
- Ei...senhor Fúnebre. Ainda não acabou!
Ele apenas concentra sua mente e se vira para o lado onde se encontra o corpo caido. Realmente não tinha acabado. Uma fumaça negra se aglomera envolta do mesmo, e de repente ele ressurge, agora com uma aparência mais obscura e com um poder ainda maior.
- Mas que pena! Apesar do último golpe, creio que isso não será o suficiente para me matar. Agora, eu os convido para um mundo onde tudo termina derretido, uahsuahsuhahahahahaha! Sepulcro eterno dos amaldiçoados (golpe mais poderoso de Antro).
- Heim...agora fudeu! – Pensa Fúnebre, meio preocupado.
- O cemitério está derretendo! O que está acontecendo? – Pergunta Morgan.
Todos estão surpresos e tenebrosos na nova geografia do lugar. De fato, as coisas começam a complicar.
- É isso mesmo! Toda forma de vida morre e entra em fusão com o mundo. Isso sim é harmonia e serenidade extrema! – Fala Antro, totalmente convicto de suas palavras.
- Mas que coisa horrorosa esse cara ta dizendo. Ei, Dakalion?! – Fúnebre o chama. – Você não morreu mesmo quando eu te cortei ao meio. Por acaso você é imortal? Sendo assim, vamos tirar a prova! QUERO VER SAIR DESSA, HAHAHAHAHA!!! – Menciona Fúnebre, pegando Dakalion pelo braço e perna direita e arremessando-o contra o adversário. Que loucura! Todos ficam espantados, afinal, ninguém esperava isso.
- Mas que merda! Por que sempre eu?! – Pergunta e exclama ao mesmo tempo, e em pleno ar. – Agora é tudo ou nada! Espada de gelo congelante (segundo golpe mais poderoso de Dakalion).
O golpe acerta Antro em cheio, cortando-lhe parte do ombro. Porém, o demônio começou a se regenerar.
- Quer saber se sou mesmo imortal? Por acaso isso responde a sua pergunta?
Todos observam...até que a espada de Dakalion começa a tomar uma aparência de decomposição. Rapidamente, Morgan, com seu timbre rasante empurra Dakalion para longe, junto com sua espada, evitando que aconteça mais uma perda.
- Então tá! Ele é imortal. Vocês aí...não apodreçam! Pelo menos até eu voltar! - Diz Fúnebre, confiante e com o corpo emanando uma energia jamais vista.
De repente, uma enorme luz azul toma conta do ambiente. Rapidamente ela se dispersa, e ao final, vemos apenas o corpo vazio de Antro, sem a alma. Fúnebre também sumiu.
- Ué?! Cadê aquele chato? - Pergunta Morgan.
- Provavelmente ele deve ter usado o golpe “chamas puras do inferno”. Ele deve usado em si mesmo, levando seu corpo consigo e também à alma de Antro. Ele deve ter algum plano. – Diz Ravena, convicta de suas palavras, por ser bastante amiga do mesmo.
- É estranho! O cara é dado como morto e de repente ele aparece nos ajudando. – relata Dakalion, ainda inconformado com a atitude suicida do jovem necromante para com ele.
- Bem...apesar de tudo, espero que ele esteja bem! Sua força será crucial para com esta guerra santa. - Menciona Morgan.
Enquanto isso, no inferno, os dois se encaram em frente ao poço impuro das almas obstinadas. Parece que Antro não se sente incomodado para com a nova situação geográfica.
- Hahahahaahaha...eu jamais esperaria que um guerreiro de deus fosse me escoltar até aqui. E também não faço idéia do por que você ter me trazido para cá. Mas este lugar é como um quintal para todos os demônios; e você veio diretamente para a sua morte!
- IDIOTA! É você quem chegou ao fim! – Exclama Fúnebre, com seu sorriso intimidante e assustador.
- Acha mesmo que poderás me derrotar com suas chamas fosforescentes aqui no inferno? Não me faça...
Antes mesmo de terminar à frase, seu lado esquerdo do peito começa a pegar fogo, com as mesmas chamas azuladas e fosforescentes, porém, com maior densidade e fúria.
- Mas, mas...o que é estas chamas? São diferentes das anteriores?!
Fúnebre levanta seu braço e sobre sua mão, uma esfera idêntica a anterior é criada. Porém, com um poder destrutivo cem vezes maior.
- É o fogo do inferno, que queima se alimentando de almas. Por mais que tenha um corpo imortal, a partir do momento em que veio pra cá, você não passa de uma alma.
As chamas cercam o demônio, que o queimam de forma lenta e cruel. Ele grita de dor e sofrimento. Gritos sufocantes e agonizantes.
- Que peninha! Aqui até pode ser como um quintal pra vocês, mas para mim é um parque de diversões! Ondas demoníacas (golpe mais poderoso de Fúnebre, no inferno).
Após mencionar o nome da disciplina, os gritos de Antro se extendem de forma mais vibratória e prolongada. De frente ao inimigo, ele apenas observa sua alma sendo devoradas pelas ondas demoníacas azuis.
Continua...