Mulher contemporânea: Deve se moldar à sociedade, ou a sociedade deve moldar-se à ela?

O comportamento feminino tem ganhado novos hábitos e costumes. Muitos se tornaram comuns, embora alguns ainda sejam considerados absurdos diante da sociedade. Isso implica, desde cedo, na obrigação das mulheres a adotarem um sistema extremista em relação ao pudor, para que sobrevivem em um mundo violento e patriarcal.

O assédio sexual tem sido somente mais uma consequência do desrespeito à dignidade humana, principalmente no que se diz respeito à mulher, pois muitas pesquisas, inclusive as mais atuais, comprovam que na maioria dos casos de estupro, por exemplo, as vítimas são do sexo feminino, e que estas por assumirem condutas, tais que são reprovadas por muitos, acabam sendo apontadas como responsáveis por tal delito.

Atitudes como o uso de roupas curtas e decotadas, a presença em ambientes, culturalmente vistos como inadequados para mulheres, ou até mesmo a maneira de falar, são exemplos de práticas muitas vezes não aceitas pela maioria, visto que principalmente os homens, estão acostumados com um certo padrão feminino, mais reservado e conservador. Alguns, entretanto, quando avistam uma mulher vestida com um estilo fora deste protótipo, julgam-na vulgar, utilizando a desculpa da falta de autocontrole, para aproveitar-se ilicitamente de determinadas situações. É dentro dessa esfera onde coisas desagradáveis acontecem em larga escala, afetando não só fisicamente, mas também, o psicológico das vítimas.

Verifica-se, portanto, a necessidade de se pensar neste novo modelo feminino, valorizando e respeitando as escolhas da mulher contemporânea. A mídia também deve atuar, ajudando na divulgação de campanhas de combate ao abuso sexual além de conscientizar a sociedade sobre a importância de denúncias, promovendo assim, ações de responsabilidade social.