RELATO - A LUTA NIPÔNICA

Desde que os Estados Unidos desgastaram o Japão com o ataque de duas bombas nucleares nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, a população japonesa se viu desamparada diante da fome, a destruição, as doenças, as epidemias entre outros problemas.

Por ocasião desses problemas o imperador Hiroito alertou que quem pudesse deixar o país assim o fizesse. Países da América do Sul como Brasil Peru e Bolívia era o destino indicado para os japoneses desolados. No caso do Brasil, especificamente, era o destino mais interessante, pois aqui tinha terras para o plantio e o desenvolvimento de diferentes culturas.

Na época, os planos dos japoneses, conforme o pedido do imperador era migrar para outro país, mas retornar após a reconstrução do Japão. Muitos partiram de navio, numa viagem que tinha a duração de três a quatro meses, mas alguns morreram no meio do caminho.

Os que resistiram à viagem, assim que desembarcaram em Santos para trabalhar, se destacaram nas lagoas de café. Depois migraram para o Paraná, Mato Grosso e São Paulo. Conforme o tempo ia passando, o desejo de retornar ao país de origem ia diminuindo.

Após alguns anos com o rápido crescimento do estado de são Paulo, os japoneses que haviam migrado para outros estados retornaram a são Paulo e com suas economias e o trabalho em comércios, feiras e restaurantes foram conquistando seu espaço na grande metrópole.

Hoje os imigrantes japoneses são um dos mais importantes e respeitados do Brasil pelos seus costumes que trouxeram do país do Sol Nascente tais como: educação, culinária, respeito e principalmente, trabalho. Infelizmente, mesmo com toda dedicação e trabalho, os japoneses não conseguiram transformar o Brasil em um país do nível do Japão.

Atualmente, são os filhos, os netos e os bisnetos desses imigrantes japoneses que fazem a rota contrária procurando um padrão de vida melhor.

(AUTOR: MÁRCIO ROBERTO OSHIRO – ALUNO DO 8º ANO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA – COLÉGIO ODETE, MAIO DE 2014)