a janela

A janela que desponta para o infinito desconhecido, que vasculha de maneirismos ínfimos, e que braceja em pueril descontentamento, a procura do fraco e errante de idéias e vontades o homem.

Janela cujos contornos o tempo teima em envelhecer, para não servir de testemunha do ser que a fita, com o olhar perdido sem saber do amanhã.

Que mistérios o tempo borda nas malhas dos segundos?

Entranhando de minutos para depois transformar em horas o testemunho do ontem.

Que me dera transpor os umbrais, e respirar o ar do dia, que me atrai nos momentos inquietantes de lampejos e de coragem.

A olhar pela janela vago em lembranças de lembranças do olhar pela janela, sem saber.

Vasculho em ampla discórdia a minha covardia no momento no canto da sala.

Observo na janela um inseto, que verseja de coragem para alçar seu vôo, que o levara alem da janela.

Sinto vergonha de não passar e voar, e descobrir o desconhecido que me espera nas vastidões do espaço de éter.Janela amiga que me espera incansável, a fitar-me com tanta paciência.

Há se tu soubesses que já passei, para ser uma janela fui uma arvore, gozei de extrema felicidade e tristeza, nos dias de chuva.O frio entranhava pelas minhas raízes, e eu lá impaciente a esperar pelo sol do amanhã. Vez ou outra cantarolava uma canção de lenhadores.

Corta cavaco

Corta cordão machado afiado não pula da mão.

E você caro amigo, vê teu semblante carregado a observar meus contornos, e o amplo vazio que me vaza o corpo, é como sonhos em tua mente doente que espera coragem para tomar de decisão debruçar-se em mim? E romper com a muralha vazia que te turva o olhar, te tira à coragem de olhar o horizonte.