Boiando
Marieta sempre foi uma menina muito medrosa. Quando era pequena, ela e todas as suas colegas faziam aula de natação, em um centro comunitário próximo da escola. Por já terem entre 11 e 12 anos, ao saírem da classe da sexta série, iam sozinhas até lá.
Todos os dias ao bater o sinal as 12:30, Juliana, Beatriz, Maria e Marieta desciam a viela para as aulas. Em menos de uma semana suas três amigas já davam as primeiras desajeitadas mergulhadas. Marieta? Marieta não. Marieta não aprendeu.
Passaram-se alguns anos e o ciclo de amigos mudou. Aos 14 anos, Raquel, Lúcia e Marieta resolveram fazer aula de patins num espaço esportivo, criado pelo dono de uma pequena ciclovia da cidade. Em menos de uma semana suas amigas já davam as primeiras desajeitadas deslisadas. Marieta? Marieta não. Marieta não aprendeu.
Agora chegando a fase adulta ela está conhecendo a vida, sera que viver, Marieta vai aprender ?
O problema de Marieta e de algumas pessoas, é que se desesperam. Quando estamos dentro d'agua com a cabeça imersa e sentimos que iremos nos afogar, nos mexemos bruscamente, desesperadamente, esquecemos de raciocinar como colocar o pé no chão, não achamos a ponta da piscina, o corpo pesa. E lá foi, nos afogamos. Se permanecermos calmos e relaxarmos o nosso corpo, independente da profundidade, naturalmente ele ira boiar e como uma pena, antes tão pesada, flutuar sobre as águas.
Quando estamos andando de patins e arriscando uma ladeira e sentimos que vamos cair, nos desesperamos. Pé esquerdo pra direita, pé direito pra esquerda, mãos ao auto. E lá foi, nos derrubamos. Se relaxarmos o nosso corpo, naturalmente com um pouco de treino ele irá deslisar, e como uma pena, antes tão desequilibrada flutuará sobre o asfalto.
Diante de um problema, tendemos a nos desesperar, esquecemos de raciocinar como colocar o pé no chão, como encontrar a porta da saída. E lá foi, nos fodemos..
O que eu e Marieta temos a lhes dizer é :
Em meio as tempestades dos momentos e os redemoinhos internos, boem na vida!!...