À MODO DE INTRODUÇÃO
AOS MEUS TEXTOS

          Em cada publicação, procuro antes ver a História por trás da história corrente, para só depois, apresentar uma versão do meu entendimento baseado na pesquisa de várias frentes e gêneros de escritos. Desde o modo do historiador propriamente dito, o enciclopedista (um de meus prediletos), o dicionarista, o filologista ensaísta, o resenhista; passando pelo jornalista pesquisador-investigativo, o romancista histórico, o proseador, o poeta, o cronista, o contista, o filólogo, o etimólogo, o semioticista (com esse principalmente, ao fazer o curso de semiótica, aprendi a venerar a língua portuguesa: seus signos). Na AGL sou considerado contista e pensador.
          Estes, são portanto, a minha principal fonte, às quais constantemente acorro. O ato de escrever - a nós todos - é vantajoso em relação ao falar: podemos deixar editadas, nossa opinião e palavras. Quando proferia palestras (não as faço mais) seguem elas, bem próximo da maioria dos textos que escrevo hoje em dia. Em outras, ao pensá-las para transcrever, tenho que fazer modulações sobre as próprias pesquisas anteriores, face aos gêneros literários das fontes procuradas, no momento de cruzá-los para atingir o fim desejado. Outros modelos de palestras, necessariamente, têm de vir de forma quase integral, quando registro os competentes créditos às suas inserções.
          Descobri pelo caminho, que alguns temas são universais, que independem de pessoalidade ou público alvo. Os temas que envolvem Teologia, ou a pessoa divina de Deus, a todos interessam, não importa que alguém seja ateu, ele precisa de Deus para negá-Lo, como a morte precisa da vida para existir.
          De fato, quando examino o caminho percorrido, parece-me claro que escolho de propósito temas de cunho sumário-crítico, midiático, ou que passam de alguma forma pela imprensa ou publicações. Por que contribuem e dão embasamento substantivo à minha pesquisa. Porém, de certo modo, concluo determinados trabalhos sob efeitos emocionais, ora passageiros ora duradouros. Fato da pesquisa recair ou de ir buscá-la onde pessoas estão sofrendo forte opressão, morrendo de fome, dores e violência; ou por outro lado: na História; que registra os genocídios de milhões, por única vontade de uma só pessoa que está no poder. Como no caso do monstruoso genocídio Holodomor na Ucrânia, perpetrado por Stalin, que retirou deliberadamente o alimento de todos os ucranianos, matando milhares de pessoas de fome, transformando-os em esqueletos antes de morrerem, crianças, mulheres, adultos e velhos (escrevi um texto sobre isso e publicarei no Recanto através de minha escrivaninha).
          Os crimes, também não são apenas por meio de ação, senão também por omissão. O caso mais constante são as ditaduras, mas não só. Governos que se dizem democráticos, mas que usam as máscaras da “persona teatral”, ambíguos, hipócritas, dissimulados, distribuem migalhas, pão com banana ao povo e em seus palácios comem caviar (falo desta forma, para ser breve ao entendimento) mas sabem, têm consciência de que estão cometendo genocídio ao usar da constante corrupção arraigada, desviando verbas que se destinariam à saúde, permitindo a morte lenta de milhares de pessoas nos corredores, deitadas pelo chão em postos médicos que se assemelham mais a pocilgas do que casa de saúde.
          Estes governantes são como disse um articulista da Folha de São Paulo: “Não são um ponto na curva, são a curva.”
          Vou buscar assunto sobre gente: crianças, jovens ou de qualquer idade que provou e prova muito mais sofrimento e caos do que jamais vou provar, ainda que tivesse outra vida somada a esta, o que daria cento e trinta e quatro anos. Por isto oro, e entro no campo teológico, para escrever orações. Para que alguma coisa que aprendi nesses sessenta e sete anos se torne parte também de sua busca, amado leitor; da mesma forma que essas buscas se tornaram parte de mim.
          Conta-nos Philip Yancey, jornalista pesquisador e escritor, que: “suas aventuras jornalísticas tornaram-se para ele uma forma de verificar a verdade daquilo que ele escreve. Poderá o ‘Deus de toda Consolação’ trazer realmente consolo a um lugar ferido como Mumbai ou ao campus de Virgínia Tech? As cicatrizes do racismo no sul dos Estados Unidos, sem falar na África do Sul, serão curadas algum dia? Uma minoria cristã será capaz de provocar alguma fermentação num ambiente hostil como o da China ou do Oriente Médio? Faço-me essas perguntas todas as vezes que assumo uma tarefa desafiadora.”
          Ele convida-lhe a juntar-se a ele e descobrir como a mensagem da graça adquire contornos surpreendentes quando colocada à prova.           Diz Yancey: “que estando em Nova York em visita ao seu editor para conversar sobre o manuscrito do livro (que neste ponto estou a pesquisar): PARA QUE SERVE DEUS, quando comprou ingressos para o show de Aretha Franklin (a “Rainha da Soul Music) no Rádio CityMusic Hall.
          O ponto mais alto da apresentação foi quando ela soltou a voz na canção “Uma noite com o Rei”...

          Uma noite com o Rei Muda tudo eu sei.
          Uma noite em sua mansão
          Pode mudar tua direção.
          Um momento em sua presença
          Mudará toda sua aparência.
          Uma noite com o Rei muda tudo, eu sei.

         "Seis mil pessoas presentes ao show – puseram-se em pé – para gritar pedindo bis. Aretha havia tocado num profundo anseio de todos nós: o desejo de mudança, a crença de que, de algum modo, o Bem permanente pode ser, por Deus, extraído mesmo deste planeta imperfeito e de nós, seus imperfeitos habitantes.
         Ousamos alimentar essa esperança, essa fé?"

         Creio! A oração do Credo Apostólico (universal) não me permite duvidar!



Bibliografia:
Yancey, Philip. Para que Serve Deus – Em busca da verdadeira fé. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
Follet, Ken. Os Pilares da Terra, 2 v. em 1. Rio de Janeiro: Rocco, 2012. Cornwell, Bernard. O Condenado. Rio de Janeiro. São Paulo: Editora Record, 2010.
Baker, Mark W. Jesus, O Maior Psicólogo que já Existiu. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
Santos, Mauro Martins. O Castelo do Rei Scarparo. Guaxupé-MG: Editora NSA – Escola Profissional, 2009
Braga, Ana Maria. À Espera dos Filhos da Luz - Mensagens.Rio de Janeiro: PocketOuro, 2010.




 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 27/12/2013
Código do texto: T4626762
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.