Definição de cultura idealista e materalista

No ocidente com o surgimento de um pensamento moderno baseado predominantemente na razão e o declineo do pensamento teocêntrico cristão, propiciaram que a sociedade civil pudesse ser estudado como um produto humano, logo que seja possível de ser compreendido através das próprias ciências humanas. Assim, a sociologia da cultura, apresentou-se na obra de Raymound Willians (2000) pautado na discussão entre a constituição sociológica inglesa e a compreensão da categoria cultura e de seus aspectos emergentes na modernidade.

Para Willians (2000, p.9) o conceito de cultura, possui uma gama de significados - sendo que a mesma ao longo da história passou a ser cada vez mais amplo e complexo - não se limitando a simples noção de tudo que é produto do humano ou do cultivo ativo da mente. A sociologia da cultura para o autor deve ser vista como uma convergência de interesses e que possui métodos diversos.

Para o autor (2000, p.11) O termo varia entre uma dimensão global e parcial. Desse modo, Willians (2000) abordou dois tipos predominantes de concepções de cultura que são confontradas e inter-relacionadas ao longo do tempo: a idealista e a materialista.

Willians (2000, p.12) afirmou que a concepção idealista prioriza o espirito formador através de um modo de vida global, manifestado através de todo um âmbito de atividades sociais particulares denominado de atividades culturais constitutivas. Seu método está relacionado a ilustração e elucidação do espírito formador como histórias nacionais, estilos artisticos atividades intelectuais, a linguagem específicas, características e interesses essenciais de um povo.

A concepção materalista segundo o autor (2000, p.12) passa a dar maior ênfase em uma ordem social. A explicação materalista fica reservada a atividades primarias, deixando a concepção de espírito formados como uma base secundária. Nesse sentido são as condições materiais que engendram formas de organizações e produções culturais da sociedade. O seu método consiste na investigação do cárater conhecido ou verificável de uma organização social e também de suas formas específicas como no caso das manifestações artistícas.

Willians (2000, p.13) afirmou que apesar de haver uma certa convergência com as outras duas concepções a definição de cultura como sistema de significações não se restringia a dar ênfase ao espírito formador ou apenas as condições materiais, buscando além disso, compreender a cultura como um sistema de significações de uma determinada ordem social que é comunicada, reproduzida e vivenciada. Esse modelo apesar de também possuir um sentido explicativo mais especializado, passou a ter uma definição ampliada, pois não se limita apenas a arte e as formas de produções intelectuais tradicionais, mas a outras práticas, como: filosofia, moda, linguagem, publicidade, entre outras.

Desse modo, a constituição da sociologia da cultura e seus diversos aspectos emergentes na modernidade como os métodos, interesses e convergências, vem contribuindo para a compreensão das organizações culturais capitalistas e os dilemas que envolvem diversas sociedades.

Inã Cândido
Enviado por Inã Cândido em 08/12/2013
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