O tempo que só aumenta o meu amor.
Eu que pensava que o tempo me faria esquecer, caí no erro mais recorrente do ser humano, acreditar que conhece a si mesmo, com coisa que fôssemos os operadores do nosso próprio cérebro e do nosso coração.
E a saudade daquele sorriso que cresce à medida do passar do tempo, só me traz recordações. Por mais que eu queira fingir que eu estou esquecendo, no fundo estou fingindo que estou me enganando, e remoendo a tensão de ficar cada vez mais tempo sem a pessoa que eu amo!
Quem disse que o amor é sinônimo de sofrimento? ouso discordar! Tolo de quem escreveu tal trecho em algum lugar. O amor é tão bom e tão gostoso que o sofrimento é ficar longe de quem se ama! O amor, em si, é o sentimento mais bonito, e, mais, é o combustível e o objetivo da vida.
Ficar longe de alguém que gostamos de verdade é torturante, pois, na possibilidade de simplificarmos nossas próprias vidas dando respaldo a sentimentos tão óbvios, usamos da nossa capacidade de complicar o fácil, de afastar o que deveria estar perto, de renegar o amor verdadeiro.
Por mais que o tempo tenha me oferecido o efeito contrário do que eu exigia dele, eis que tenho que concordar que ele foi bom em me fazer abrir os olhos e parar de brincar de viver. Pois, independente de quem eu ame, independente de quem eu venha a amar, eu estou traindo meus sentimentos, indo contra o que o meu interior quer.
E quando o mesmo tempo que me machuca é o tempo que me faz desaparecer dos pensamento das pessoas que amei, o soco é maior e mais forte. Dói. Machuca. Destraça. Desilude. Entristece.