LEI SECA: QUESTÃO DE EDUCAÇÃO
Há tempos se discute e se estabelece relações análogas entre a licitude e ilicitude das drogas, juntamente com seus efeitos destruidores no homem, faz-se tudo isso com o intuito de encontrar a pior e a “menos pior”, como se isso fosse relevante para os problemas causados por elas. A exemplo de droga lícita e seu efeito destruidor, apropria-se aqui do álcool, que além de causar inúmeros problemas ao consumidor, reflete negativamente, também, na sociedade, principalmente através do número grande de acidentes de trânsito no Brasil, causados pelo uso excessivo dessa droga.
Com o intuito de frear as tragédias no trânsito, surge a Lei Seca para alertar os condutores do perigo que é associar álcool e direção. Os efeitos dessa lei foram significativos, pois se estima que o número de vítimas tenha baixado em todo o país e constata-se, também, que 97% aprovaram o uso do bafômetro de acordo com dados do IBPS (Instituto Brasileiro de Pesquisa Social).
Os dados a favor da lei seca são louváveis, porém, mais do que dados, mais do que fiscalizações, é preciso ter responsabilidade social, é preciso se reeducar no trânsito, pois muitos acidentes acontecem mesmo o condutor possuindo todas as informações sobre a associação do álcool com a direção. É preciso que o número de pessoas que aprovaram a lei aumente cada vez mais, não movidos pelo “calor” do momento, mas aumente, tendo a noção do papel de cada um como cidadão, bloqueando, desse modo, a possibilidade das pessoas corromperem o bafômetro, pois com ética é possível eliminar ao menos esse tipo de corrupção que vem embebedando o Brasil.
Portanto, é preciso que o governo invista cada vez mais em educação no trânsito e intensifique as penas para os que cometem o crime de associar bebida alcoólica e direção para que eles aprendam a ver a vida com outros olhos, que não os de ressaca.