Ciúme destruidor.

Talvez, culpa da vida agreste Paulo Honório, tenha se tornado um homem agreste, incapaz de compreender Madalena como mulher e sentir sua integridade humana considerando-a apenas como mais um objeto a ser possuído, o que revela um grande sentimento de posse sobre ela.

Assim como conseguiu São Bernardo, Paulo Honório casa-se com Madalena através das suas falcatruas, sendo o casamento tratado por ele apenas como um negócio utilizado para obter um herdeiro. Ela, mulher bem instruída não se subordina ao marido o que ocasiona os atritos, o seu bom comportamento e solidariedade para com os desfavorecidos da fazenda, causa uma enorme indignação e um ciúme monstruoso em seu parceiro.

O ciúme de Paulo Honório torna-se maior a cada dia, o fazendo desconfiar de tudo que sua esposa faz o que submete Madalena a uma tortura psicológica devastadora. Não suportando isso ela suicidara-se, pois vê na morte a única solução para os conflitos com o marido, e assim o ciúme que aos poucos destruía Paulo Honório, destrói Madalena.

Paulo Honório é culpado da morte de Madalena, pois através do seu ciúme descontrolado e da sua desconfiança excessiva faz com que sua esposa desenvolva uma tremenda depressão culminando em seu suicídio, caracterizando assim instigação ao mesmo.

É o ciúme, um sentimento destruidor de amores, de vidas e instigador de tragédia, que faz o homem julgar sem conhecer, ver o que não existe. Todos os esforços desenvolvidos no sentido de evitar o ciúme devem ser louvados e todos os caminhos que levam a confiança devem ser cultivados intensamente, pois o ciúme é um inimigo perigoso.

Elisérgio Nunes
Enviado por Elisérgio Nunes em 04/09/2013
Reeditado em 21/11/2013
Código do texto: T4466563
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