Vamos discutir: "O belo e seu alcance"
Como poderei dizer o que é o tal senão pelo encanto, pelo canto, pela doçura de musas que deleitam ouvidos, pelo dizer do eterno que se dá pela busca.
Mesmo assim, senão poeticamente, pelo indizível que se torna belo no lábio doce dos poetas gregos ou pela incompreensão do verbo "poiesys" em grego, (Produzir qualquer coisa), sobre o belo mesmo, me parece que sabemos muito pouco. Por vez, um conjunto de conceitos numa esquina enquadra outra e constitui um senso, enquanto noutra, admirável crença no dom divino daqueles que, inspirados pelas musas e filhas da memória, incorpora no ser o dom divino do cantar palavras doces a constituir o cosmos.
Assim o belo é em nossas mentes, como irrupções de fluídos, espanto selvagem, suspiro da alma, coisas desse tipo. Dando por crédito ao que por hora não sabemos explicar exatamente do que se trata, diria por enquanto que se assemelha a um espanto, um maravilhamento e o alcance de algo antes inalcançável e agora encontrado e admirado.
Isso em síntese é o que dizem por aí sobre o belo e suas perfeições.
Eu até compreendo suas profundidades e toda arrumação de conceitos, mas mesmo que pudesse acreditar que eles existam em mim funcionando como um douto que conhece a diversidade e admira o belo em sua complexidade, eu ainda me perguntaria, mas do que se trata mesmo o belo?
..Pois não se denomina em que profundidade as coisas tocam o homem senão pelo abstrato das formas que alimentam seu conhecer e seu espírito. Esse ânima que anima a alma e faz racionalizar todo o brilho da realidade diria por ora, pelo tempo que me resta a não me estender nessa discussão (referência de teses), se o belo caminha mesmo para a manifestação do indizível que diz por enquanto o que se quer, o amor por sua vez deve ser a busca do inalcançável.