MEMÓRIAS
A partir dos exatos instantes em que o relógio do tempo iniciou o registro das primeiras memórias de minha existência, a natureza humana me ensinou a amar a vida. E a partir do momento que aprendi a amá-la, comecei a perceber que viver não é algo tão simples quanto parece. Aprendi também a pensar que alguns acontecimentos poderiam me tornar tanto vencedora como perdedora. Apesar de tudo, eu tinha certeza de uma coisa: é impossível ganhar sem saber perder.
Em relação a isto, minhas experiências pessoais e profissionais me ajudaram e entender que o caminho para a felicidade passa por desafios, perdas e frustrações e só sai vitorioso das batalhas da vida quem consegue se tornar autor de sua própria história. Contudo, por ser educadora, a memória de minha existência é também a história de minha formação.
Por conseguinte, sei que assim como alguns professores ficam na memória dos alunos e tornam-se referências significativas para eles, alguns alunos, momentos e histórias ficam na memória dos professores, tornando-se elementos essenciais para e pesquisa, análise e reflexão da prática na formação.
Nesse sentido, penso com Paulo Freire (1996) “na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática, pois é pensando criticamente a prática de hoje e de ontem, que se pode melhorar a próxima prática”.