TRÂNSITO BRASILEIRO - VIOLÊNCIA E PROBLEMAS A ELE CONJUGADOS

O Brasil possui uma grande extensão territorial e aliada a ela, está a malha rodoviária que corresponde a aproximadamente 60% do transporte de carga. Os aspectos históricos demarcados pela política do século XX, justificam esse elevado número no transporte rodoviário. Diante disso é inegável que o trânsito brasileiro carrega consigo não só um grande custo financeiro, mas um número substancial de automóveis circulantes e uma série de problemas, sobretudo, aqueles relacionados à violência. Desse modo, será possível reduzir a violência no trânsito e os problemas conjugados a ele?

Historicamente, o processo de dinamização da malha rodoviária esteve ligado às questões políticas iniciadas no governo do presidente Washington Luis (1926-1930), o qual tinha como propósito o lema: "Governar é abrir estradas". Já no governo de Juscelino Kubitschek, eleva-se ainda mais a incidência rodoviária no país, sobretudo pela ocupação do interior e do advento da indústria automobilística. Dessa forma, inicia-se um novo momento marcante na história do Brasil, o qual define nos dias atuais, tamanha concentração de automóveis e veículos de carga.

Diante a consagração da malha rodoviaria, são inegáveis os problemas a ela expostos. Não só no que se relaciona ao elevado custo, tanto da dependência do petróleo, quanto de equipamentos especializados, como pneus e latarias, mas no que se refere à elevada violência no trânsito. Os congestionamentos e o estresse do dia-a-dia contribuem satisfatoriamente para que a violência ocorra. Além disso, a imprudência é um fator preponderante causador de brigas, inimizades e até mesmo mortes.

Por possuir um modal incidente, os problemas são constantes. Tanto no que se refere aos fatores mecânicos, quanto nas relações interpessoais. Porém, é possível reverter esse quadro à medida que se estabeleça critérios de educação no trânsito e conscientização por parte do motorista. É necessário que se possível, optar por outras alternativas de transporte a não ser somente de cunho rodoviário. A sanção da Lei Seca também se tornou uma alternativa viável, uma vez que incidência de motoristas embrigados era um dos principais fatores de transtorno e problemas no trânsito.

Por conseguinte, apesar de possuir um modal tão preponderante justificado pelos aspectos históricos, o trânsito no Brasil assume uma categoria de extrema violência. Para evitá-la é preciso que se recorra a outras alternativas, sejam elas de caminhadas, bicicletas ou transportes coletivos e se tenha conscientização. O transporte é imprescindível para a dinamização da vida em sociedade, mas quando se torna isento de violência, sem dúvida alguma, configura-se como uma maneira essencial de trabalho e bem estar ao indivíduo e a sociedade.