"A única regra válida da internet é a de não ter regra alguma, William Gibson."

Nascido nos EUA no fim da década de 40, William Gibson mudou-se para o Canadá em 1972. Em meados dos anos 80, criava junto com outros dois escritores um subgênero literário da ficção científica, conhecido como cyberpunk. A sua frase “A única regra válida da internet é a de não ter regra alguma”, pode ser bem aplicada em seus livros, mas como não regular postagens da internet? Dois pontos são apresentados sobre esse tema.

Primeiramente, os quinze minutos de fama dentro do ambiente da rede podem se transformar em horas de vexames e dias de tribunal. A rede implica necessariamente em relacionamento. Seja um relacionamento com o conhecimento, seja um relacionamento com o outro. Da mesma forma, qualquer relacionamento exige respeito, honestidade e confiança. A internet também apresenta uma infinidade de serviços: bancos, sites de compras, sites de buscas, redes sociais e a vulnerabilidade dessa relação é aí apontada. As invasões em contas pessoais e a violação de informações particulares pode tanto deixar prejuízos financeiros quanto morais, pois, nunca se sabe se realmente há segurança. Mesmo os governos não têm cem por cento de certeza sobre a privacidade das informações dentro da sua rede.

Por outro lado, podemos tirar um conceito positivo sobre “... não ter regra alguma”. É ter direito de reclamar, de comentar sobre um comportamento corrupto, falar sobre um mau atendimento, publicar notícias importantes. É o fazer parte do mundo, ser cidadão, ter consciência, ser solidário. Aí, nesses casos, não se deve ter regra alguma.

O que realmente importa saber é como colocar limites, entre o público e o privado, na rede mundial de computadores. Mas, esse passo deverá ser dado por um órgão responsável regulador, indicado pelo Estado, criando leis e elaborando cartilhas educativas que possam auxiliar na proteção de ambos os lados desse relacionamento.

Afinal, a internet está aí. Com regra ou sem regra, faz parte da vida atual, é a nova voz.