Uma ação imediata
A situação da seca no Nordeste está chegando a níveis extremos, que mostram que não se pode demorar no socorro aos proprietários rurais que têm assistido, impotentes, à morte do seu gado e à perda das suas plantações em virtude da estiagem prolongada. A falta de políticas adequadas e a demora na assistência estão tornando mais difícil uma situação que poderia ser evitada se houvesse medidas permanentes que tornassem possível a convivência dos habitantes das caatingas e semi-árido nordestino com os efeitos da seca.
Mas faltam um real interesse por parte do governo brasileiro, que parece agir como se o problema não existisse e nunca toma uma medida eficiente, uma infraestrutura que ajude os proprietários rurais a viver de forma que possam amenizar os prejuizos que surgem com as secas que vêm. O clima nordestino sempre será sujeito a secas e a atual situação torna urgente uma ação imediata que reduza os efeitos nocivos da falta de chuvas e permita aos habitantes do sertão viver dignamente.
Com a morosidade do governo, as vítimas da seca estão se desesperando e veem que a solução está em esperar chuvas que possam molhar as terras, fazer suas plantações brotarem e ter comida para alimentar seus animais, que morrem devagar de inanição. Mas é preciso lembrar que o sertão nordestino, pela sua localização e histórico, não está enfrentando a primeira seca que, obviamente, não será a última. Quanto tempo teremos que esperar até que se tomem medidas realmente eficazes, que garantam que os moradores do Nordeste possam estar prevenidos para as faltas de chuva e irrigação? Ou será que esperaremos a próxima seca para nos darmos conta de que é preciso agir rápido e visando ao futuro das próximas gerações, para que estas não sofram como a que vemos hoje pela televisão, que assistem, impotentes, à morte de seus animais?