REFLEXÃO E SUGESTÃO NO ENSINO-APRENDIZADO DA GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES BRASILEIRAS
Geová Assunção Ceriani
Palavras-chave: Ensino-aprendizado, Geografia e prática.
Um dos maiores problemas encontrados no ensino da geografia pelos professores em sala de aula atualmente é a falta de ânimo ou interesse nos alunos em estudar tal disciplina. Trabalhando o Estágio Supervisionado pude perceber tais problemas, que eu os destaco aqui como sendo um ponto ruim e que nós, como educadores devemos lutar para mudar tais opiniões.
É interessante sempre estar ressaltando que o ato de ensinar a disciplina de geografia coloca diante dos discentes duas problemáticas importantes: a primeira de criar nos alunos o interesse em estudar tal disciplina e por segundo refere-se à relação ensino e aprendizagem. A ultima exposta é de maior importância, porque é no excelente ensino que teremos um maior interesse por parte dos educandos.
O autor CAVALCANTI (2002), afirma que o ensino de geografia tem como finalidade básica de ação, trabalhar o aluno juntamente com suas referências adquiridas na escola e sistematizá-las em contato com a sociedade, com o cotidiano para assim criar um pensar geográfico que leve em consideração a análise da natureza com a sociedade e como estas se relacionam e quais as dinâmicas resultantes deste relacionamento.
Percebe-se então que devemos fazer entender nos alunos que a experiência vivida em sala de aula, quando estudamos geografia, não é apenas um estudo isolado e sem resultados e sim que tudo o que se vê e se estuda em sala está presente no dia-a-dia da sociedade na qual ele, o aluno, é o maior protagonista.
Acho interessante ressaltar então que é importante assim ensinar sempre para os alunos a tomarem consciência de que o saber-pensar o espaço pode ser uma ferramenta importantíssima para que os mesmos como cidadão, e que isso se transforma então em muito mais do que compreender melhor o mundo e seus conflitos, como dizia LACOSTE, 1988.
Porém para que isso se torne realidade é preciso que o professor de geografia crie e planeje ações e situações que façam com que os alunos passam a conhecer e utilizar esses conhecimentos e procedimentos de aprendizado dentro da própria sociedade.
Levando em consideração ao exposto no parágrafo acima, ressalto aqui então a grande importância das aulas de campo, momento no qual os alunos possam entender como a dinâmica estudada em sala se passa dentro da sociedade. Essas aulas fazem uma importante ligação do estudo com a prática, isso eu acho que é a principal resposta para o problema em questão, que seria então esse desânimo ou mesmo desinteresse por parte dos alunos do ensino básico com a disciplina de geografia.
Lendo um pensamento de PONTUSCHKA ( 2001, p. 127) o mesmo diz que “o ensino de geografia nas escolas públicas de primeiro e segundo grau passa por momentos de grandes dificuldades.” Essas dificuldades expostas pelo autor vem, além da degradação geral das condições de ensino e trabalho dos professores, também de que os mesmo se encontram mergulhados em desânimo, dúvidas e frustações diante de uma escola nacional onde pouco se preocupa com esse problema, acredito que esse desânimo venha por reflexo dos desinteresse encontrado em sala.
Por isso entende-se que nós como futuros educadores devemos vencer essa geografia hierarquizada ou estática. Porém para que isso se torne realidade devemos cultivar a prática do que ensinamos em sala para poder-mor instigar a curiosidade do aluno criando assim nos mesmo, um espaço de troca de conhecimento, diálogo e contato com a sociedade dos livros na vida real, esperando que os frutos desse trabalho sejam a interação plena do aluno na sociedade através dos estudos geográficos feitos em sala e a formação de um crítico que saiba opinar e trabalhar os mais variados problemas que podemos encontrar vivendo em sociedade!
Nesta interação entre a teoria e a prática percebo que há algo mais importante que resulta: a educação nunca se faz sozinha!