Regulação mais rigorosa ao consumo de álcool: falta de bom senso ou autoritarismo?
Passou pelo Senado esta quarta-feira (17/04) mais um projeto de lei que visa cercear a liberdade do brasileiro. Dessa vez, é o consumo de bebidas alcoólicas que está em pauta – mais especificamente, o que é feito por menores de idade.
O Senado Brasileiro pretende criminalizar a venda, distribuição e entrega de bebidas com teor alcoólico para menores de idade. Você pode se perguntar: já não era um crime? Essa é uma questão complexa – ainda mais para um leigo como eu responder -, mas anteriormente a venda poderia ser considerada tanto como uma contravenção da lei – o que implica em punições mais brandas (ou até inexistentes) -, ou um crime. Geralmente as autoridades, em raro momento de bom senso, optavam pela primeira opção. Contudo, se aprovada a regulação, não poderão mais.
O que chama atenção, além da restrição à liberdade individual e ao papel dos pais em decidirem o que é melhor para seus filhos e com que idade estariam prontos para consumir certas substâncias, é a postura da sociedade diante dessa medida. Grande parte das pessoas mostrou-se, em redes sociais como o facebook, a favor dessa proposta, mostrando:
1) Autoritarismo: ao não aceitarem que as pessoas possam tomar conta de suas próprias vidas e escolherem, por si mesmos, o que consumirem.
2) Hipocrisia: em uma sociedade na qual a grande maioria das pessoas começa a beber álcool na menoridade, os adultos de hoje aprovam restrições para as atitudes as quais eles próprios cometiam “ontem”.
3) Falta de bom senso: não pensam na consequência dessa atitude, como prisões mais cheias – caso a proposta passe e seja, de fato, cumprida -, criação de um mercado negro, mais lucrativo, além de dar embasamento para um passo a mais na direção da total proibição ou maior regulação do consumo desse tipo de substância – o que é feito em diversos países e já foi feito em outros com consequências terríveis.
Enquanto muitos lutam pela liberdade, buscando que abusos do poder estatal existentes hoje não existam mais no futuro, alguns fazem o contrário, apoiando o avanço do poder público na vida do indivíduo.
http://umolharlibertario.blogspot.com.br/2013/04/regulacao-mais-rigorosa-ao-consumo-de.html