REVOLUÇÃO LINGUÍSTICA
Revolução Linguística
Inegavelmente, as relações interpessoais só se tornaram possível por meio da linguagem. Esta, representa o elemento fundamental para a comunicação, pois registra fontes históricas, atua na informação e consolida a cultura. Entretanto, em virtude de se viver em um mundo no qual a praticidade vigora, tornou-se frequente a redução de termos da língua, sobretudo no meio virtual. Mas, por que tal redução se adapta a um hábito e quais poderão ser as consequências disso?
As comunidades antigas, assim como as contemporâneas se constituíram por meio da linguagem. No Egito Antigo, por exemplo, os pictogramas e posteriormente os ideogramas, além de atuarem no registro econômico, social e cultural, também auxiliaram no legado histórico da civilização. No cotidiano, vê-se que a linguagem permeia a vida humana nos setores: profissional, escolar, familiar. Todavia, diante tamanha relevância, muitos termos foram transformados pelo homem em virtude de sua própria necessidade.
Vive-se um momento ímpar no contexto contemporâneo, especialmente pela Revolução Informacional. Dessa forma, com a inserção da internet no cotidiano, tornou-se ainda mais frequente a menor digitação possível de termos para “economizar tempo”. Outro fator que levou tal minimização é a sobrecarga de atividades exercidas, sejam elas familiares, escolares ou profissionais. Portanto, a justificativa para tal fato se reflete na manifestação da pressa, rapidez e praticidade, que recaem na redução das palavras.
Dessa forma, termos que antigamente eram escritos com dez letras, por exemplo: “vossa mercê”, se reduzem para duas ou até uma letra na comunicação verbal ou escrita. Por isso é importante que se saiba os momentos do falar e do escrever reduzidos, pois conforme muitos linguistas afirmam, existe a adequação e a inadequação das variantes. No entanto, caso essa Revolução Linguística domine a norma padrão, corre-se o risco de muitas palavras no futuro, serem incorporadas pela praticidade, enquanto que outras caiam no desuso e esquecimento.
Por conseguinte é inegável tal transformação que a vida moderna passa e não se torna necessário abolir a praticidade da língua e as novas variantes que sua flexibilidade permite. Contudo, é preciso adequar os contextos e não se deixar ser influenciado pelos hábitos tão comuns de redução das palavras. A linguagem deve ser usada e suas variedades são necessárias em determinados contextos, mas que não se extingua os conhecimentos gramáticos tão imprescindíveis na clareza e no compreendimento formal da comunicação humana.