Psicologia da Educação / SKINNER
Educação nas escolas X alojamentos
Skinner ao observar as crianças em alojamentos, percebe a partir dos apontamentos de Frazier, que as crianças mais velhas se tornavam modelos a ser seguida pelas mais jovens, em uma relação orgânica de acordo com o seu desenvolvimento natural, de acordo com as faixas etárias. Havia uma relação de influência externa de comportamento, onde a autoridade era transferida por meio dos responsáveis aos mais velhos e dos mais velhos aos mais jovens.
Ao analisar os alojamentos verso as escolas, Skinner percebe várias maneiras de se compreender a educação, onde não há uma classificação padronizada de aprendizagem e as diferenças são tratadas como tais e cada individuo tem o seu valor. Também não havia exigência de que todos desenvolvessem as mesmas habilidades e capacidades e nem por isso deixam de evoluir como é o recomendado pela escola tradicional.
No Walden II, é ensinado técnicas de aprendizagem acerca do pensar e cada criança é estimulada a aprender por si mesmas. Os resultados são amplamente melhores e mais eficientes. O processo educativo está inserido dentro da comunidade e o trabalho manual faz parte da vida da criança desde a tenra idade e não é visto como um castigo ou punição, mas é feito com como um esporte ou uma brincadeira.
A educação também se nos dá vários espaços, bem como nas oficinas e campos. As crianças são encorajadas a realizarem todo tipo de atividade e ofício e não lhes é tolhida possibilidade de conhecimento e descobertas. A prática de ensino a reflexão é um legado que o estudante do Walden II levará para a vida toda, conhecendo as técnicas e métodos para o conhecimento de forma inteligente a construir o conhecimento de forma autônoma, onde a educação não termina no fim do ano, mas é para a vida toda, fazendo parte da cultura.
No Centro de Formação Casa da Criança e do Adolescente Cristina Cavanis, incentiva-se por meio de praticas educativas próprias que os atendidos apreendam todas as atividades que são oferecidas em oficinas, bem como tantas outras que estão a sua volta. Dessa forma, espera-se que o sujeito tenha possibilidades de conhecer, significar, criar e escrever sua história de forma autônoma e livre, e jamais preso a uma uníssona e unilateral maneira de compreender o próprio homem complexo. Skinner quer enquadrar o sujeito e suas possibilidades em sua “caixinha”, isso limita o homem e sua compreensão do mundo.
SKINNER, B. F. Walden II. Uma sociedade do futuro. São Paulo: EPU, 1978.