Fato freudiano

Eu sempre fui um exemplo de sofrimento. Não quero que sinta pena ou algo parecido, mas eu sempre ''gostei'' de sofrer e sempre quis ficar sozinha. Talvez por medo, receio, ou justamente pelo ''sofrer''.

Eu tenho chorado muito ultimamente, sabe? E não me orgulho disso.

Dr. Escrever se tornou um maravilhoso psicanalista, mas agora já nem sei mais sobre o que escrever. Me divirto apenas com perguntas toscas, como, por exemplo, ''quantas mulheres estão tendo orgasmos, agora?''.

14!

Sim, 14. Pelo menos aqui na minha cidade.

Você já parou pra pensar como um ''não'' mal dito, maldito, pode dilacerar alguém?

Eu realmente gostaria de entender o porquê e como isso funciona.

Isso me atinge como um ''freudian fact''.

Meus textos já não tem um único tema, elas pulam de temas, e isso cega o público.

Nada mais me alimenta, nada mais me transforma, me sinto constante na inconstância, me sinto perdedora.

Não demonstro.

Mas sinto.

Eu sinto.

Mas não me orgulho.

Beatriz Lundstrom
Enviado por Beatriz Lundstrom em 31/12/2012
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