Um Nascer Diferente

Um tempo simplório e dotado de infinitos sentimentos. Há necessidade de contestação a tudo isso? Muitos discutem fatos, ou como queiram eventos, históricos de tal maneira a usar para argumentos em conversas de bar, entre amigos e até mesmo como paradigma de uma intelectualidade vã e hostil. Se houve o nascimento de qualquer que seja o messias, se aquilo foi de uso como elemento para supremacia de povos, o debate acalorado é de bom uso, não sendo tão certo de tom construtivo. Histórias de grandes civilizações e similaridades em contos ou crônicas é algo visto e notado bem facilmente. Isto é bem claro! A cultura que muitas vezes se vem não tão somente da miscigenação entre características coletivas, mas de forma corrente pelas distorções compreensíveis que o tempo instiga em tudo e em todos, bastando para isso palavras serem trocadas e sintaxes alteradas.

O rodeio de toda uma era em busca de explicações convictas para observações às vezes simples, complexas faz esquecer a realidade interessante que este momento traz para todos. O discurso comum que isto deveria de ser em qualquer época ou momento cai ao passo da certeza que nesta estação serena tudo fica mais afetivo. Ao inverso que os plenos gritos de concordar e discordar com uma coisa ou outro criam faces fechadas e apertos de mão fracos e insensíveis, a notoriedade e reflexão nas atitudes próprias e próximas faz ganhar a magia do reconhecimento. Este que nos tempos é tão difícil de pairar entre nós, afinal como é doloroso observar os arpões cheios de críticas que facilmente são lançados em direção mortal para outrem, voltando em curva abrupta para nossos corações.

Impressiona como o estudo consegue ser difamado em palavras erradas e surgidas a partir de interpretação subjetiva naquilo que se ver e se ler. Um texto não é nada sem nosso reconhecimento no sentido reutilizável da palavra. Por conta, não há atitude mais banal que objeções feitas em crendices ou a partir delas para uma pessoa preocupada apenas no que é verdadeiro e reconhecível para si. Levantar não somente para gritar, mas afagar àqueles que destoam de uma voz nem um pouco sentimental ou intuitiva ao querer fazer o bem, o sorriso aparecer sem medo de crescer, o amar proliferar o desejo de ser a luz num belo dia.

Certeza mesmo é do poder que a crença, acima de tudo, em nós pode fazer o gesto mais sincero, a palavra menos amarga, o abraço mais apertado e o coração tão forte quanto à fé, seja em um ser regente da orquestra do universo ou um estudioso cheio de opiniões e dissertações. A diferença por fim se torna a escolha do livro a seguir e pôr na frente dos debates incisivos e pobres daqueles engessados na própria falta de amor em si.

João André
Enviado por João André em 25/12/2012
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