O mundo bem podia ter acabado na data marcada...

Assim, eu seria poupada deste ouriço...

Nem mais haveria o sumiço das margaridas...

Nunca mais a verdade sob a chibata do tempo...

Nem o alento das nuvens sobre a tarde quente...

Nunca mais as gentes em desespero...

Nem o tempero baiano no feijão...

A condição do cão nesses meandros...

Identidades falsas dos deuses de prontidão...

Nunca mais esses ais e ilusão

De que tudo acabasse num repente...

Essa lente que rouba essa paixão

Esse olhar que procura o ser ausente...

Gostei tanto de escrever essa coisa prometo que um dia completo até a exaustão...

Tenho tempo de sobra pra isso...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 13/12/2012
Reeditado em 14/03/2014
Código do texto: T4033542
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