O mundo bem podia ter acabado na data marcada...
Assim, eu seria poupada deste ouriço...
Nem mais haveria o sumiço das margaridas...
Nunca mais a verdade sob a chibata do tempo...
Nem o alento das nuvens sobre a tarde quente...
Nunca mais as gentes em desespero...
Nem o tempero baiano no feijão...
A condição do cão nesses meandros...
Identidades falsas dos deuses de prontidão...
Nunca mais esses ais e ilusão
De que tudo acabasse num repente...
Essa lente que rouba essa paixão
Esse olhar que procura o ser ausente...
Gostei tanto de escrever essa coisa prometo que um dia completo até a exaustão...
Tenho tempo de sobra pra isso...