A morte.

Venho por meio desse texto relatar o que sinto.

Eu já não aguento mais tanta pressão, a gente cansa. Eu não tenho ninguém, ninguém que eu possa confiar. O peso é tanto que eu já tentei evitar que meu coração batesse novamente. Eu realmente quero morrer, eu realmente quero parar de viver. Nesse exato momento, minha mãe, a mãe que deveria me apoiar enquanto escrevo, a mãe que deveria me apoiar na arte que eu faço, no que quer que seja, está dizendo pra eu largar tudo isso e ir estudar. Isso cansa, e a cada dia que passa mata um pouquinho mais do amor que tenho por mim mesma. Eu já criei a ideia de que sou incapaz, sou incapaz de qualquer coisa que eu venha a fazer e tudo o que eu fizer dará errado. Porque eu não consigo fazer nada, absolutamente nada, e essa culpa que eu carrego comigo está se tornando fria, grossa, e talvez sem nenhuma chance de que esse pano preto que cobre meu presente/futuro saia da minha mente.

Eu queria ajuda, mas não tenho ninguém para pedir tal ajuda. Eu me sinto tão pequena, tão simples, tão nada. Exatamente! Eu me sinto um nada. E esse nada cresceu e tomou uma proporção tão grande que eu não aguento, eu acabo caindo, eu me desmancho em lágrimas.

EU DESISTO DA MINHA VIDA, e por textos, é a única forma que eu encontro para relatar isso, é a única saída óbvia que eu achei até hoje.

Beatriz Lundstrom
Enviado por Beatriz Lundstrom em 25/11/2012
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