O amor

Aquele sorriso desamparado, aquele olhar triste, aqueles dedos finos sujos de tinta, te forneciam paradas respiratórias curtas e seu coração saia pela boca. Aquele olhar sincero, honesto, carregado de promessas, aqueles lábios grossos dos quais poderiam sair juras de amor, e ah, que beijos esses lábios poderiam oferecer...

A sua frieza lhe perfurava a pele e furava seu coração. Você sabe que de fato é uma tola, mas naquele momento da sua vida você sabia, aliás, tinha a certeza de que tinha achado a resposta para todas as perguntas de sua vida. E quando ele chega mais perto você pensa:

'' E se ele não quiser, não souber, com palavras, o que dizer à mim, que sente ao meu lado. Que ele deixe nossos olhos se encontrarem ao menos uma vez, deixe nossos olhares se absorverem e que surja aquele sorriso de quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta do meu lado e apenas deixe que meu silêncio converse com o seu.''

E talvez, naquele exato momento, você pense que se livrou de tudo o que não era saudável, sua alma foi lavada, colocada de molho, e tudo foi tirado: pessoas, contas, atitudes, egoísmo.

Era apenas uma escolha, mas uma das escolhas mais difíceis de sua vida.

Seus olhares se cruzam e aquele desejado sorriso aparece. Você olha para baixo e coloca o cabelo atrás da orelha, porque, mesmo que inconscientemente você quer que ele veja quão linda você é. Ali havia cores, tonalidades, temperaturas, hormônios, sensações, você realmente era uma máquina de obediência e disciplina.

Seu relógio avisou que já eram 23:00, eu poderia até fazer uma metáfora, mas agora não é mais necessário. E agora você o ama. E ama o jeito do qual ele te faz feliz.

Beatriz Lundstrom
Enviado por Beatriz Lundstrom em 21/11/2012
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